O PENTÁGONO DAS ARTES: INVENTANDO A IDENTIDADE REPUBLICANA NO RIO DE JANEIRO

Autores

  • Jonas Silva Abreu Universidade Estácio de Sá

DOI:

https://doi.org/10.21665/2318-3888.v3n6p212-236

Resumo

A partir das transformações ocorridas no espaço arquitetônico-urbanístico do Rio de Janeiro na primeira década de 1900, o presente texto analisa o processo de ressignificação da Praça Marechal Floriano tendo como ponto de partida a edificação dos prédios formadores de um perímetro ao redor da praça, chamado de “Pentágono das Artes”. Supõe-se que estas mudanças não tenham ocorrido apenas em função da construção ou das alterações dos edifícios, mas também pelos ajustes operados no tecido social, assinalando a importância do projeto republicano para o Brasil do início do século XX. Não poderemos, portanto, deixar de observar a mudança de significado operada na Praça Floriano a partir da existência do Pentágono, não somente por ter se tornado símbolo nacional da esfera pública republicana, mas também por ter intensificado o processo de estratificação social que vinha ocorrendo na cidade desde o século anterior. Este novo desenho da arquitetura, programado para esta parte da cidade aparelha o local de um complexo de unidades culturais, neoclássicas e neorrenascentistas, com o firme propósito de criar a atmosfera de modernidade exigida pelo novo regime, tendo em vista o desafio do prefeito Pereira Passos de vender uma imagem cosmopolita da capital da República aos parceiros do mercado internacional.

 

DOI: 10.21665/2318-3888.v3n6p212-236

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Biografia do Autor

Jonas Silva Abreu, Universidade Estácio de Sá

Mestre em Produção cultural pela FGV (Bens culturais e projetos sociais), especialista em marketing estratégico pela UCAM, com formação em turismo pela UniverCidade. Professor de graduação e pós-graduação em Turismo e Marketing na Universidade Estácio de Sá. Consultor de marketing cultural. Produtor de espetáculos culturais. Vasta experiência em empresas como Sebrae, Varig, Shangri-lá e Hotel Sheraton. Palestrante e conferencista. Autor dos livros: Rio de Janeiro: a batalha das identidades (2014) e “Como produzir eventos sem medo”(2008)

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Publicado

2016-02-19

Edição

Seção

Artigo