POR QUÊ, AOS OLHOS DO OCIDENTE, CUBA VIVE SOB UMA “DITADURA QUE NÃO RESPEITA OS DIREITOS HUMANOS”?

Autores

  • Paulo Renato Vitória

DOI:

https://doi.org/10.21665/2318-3888.v8n16p128-168

Resumo

Este artigo busca problematizar, através de uma metodologia analítica e contextual, de caráter predominantemente bibliográfico, as razões pelas quais o sistema social, político e econômico cubano é classificado pelos principais discursos – acadêmicos, políticos e midiáticos – ocidentais como uma “ditadura que não respeita os direitos humanos”. O principal objetivo é desnudar os conceitos hegemônicos de democracia e direitos humanos, a partir de uma perspectiva decolonial, compreendendo-os como produtos culturais e contingentes da modernidade/colonialidade capitalista, para demonstrar algumas das suas inconsistências e contradições. Para isso, realiza uma análise das principais acusações dirigidas a Cuba, contrastando as práticas vigentes em Cuba e nos países capitalistas. Conclui afirmando que a principal razão para que Cuba seja assim identificada não diz respeito a efetiva proteção do ser humano e de sua soberania política, mas ao não reconhecimento da universalidade da cosmovisão individualista, mercantil e patrimonial predominante no Ocidente, sobretudo a versão individualista do direito de propriedade.

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Publicado

2021-05-10 — Atualizado em 2024-02-09

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Seção

Dossiê: Crise e Novos Rumos da Democracia