ARTE E IMPROVISO NA "MIGRAÇÃO LGBTQI+"

DRAG QUEEN E HIP HOP ENTRE VENEZUELANOS/AS NO BRASIL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21665/2318-3888.v10n19p40-71

Resumo

Este artigo tem como objetivo refletir sobre o improviso e a arte como processos de subjetivação que atravessam, interpretam e significam a experiência migratória de venezuelanos/as que se identificam como LGBTQI+ no Brasil. A proposta de cunho etnográfico analisa as expressões performáticas e artísticas de Robert, artista venezuelano que faz drag queen em Boa Vista e Avril, uma hiphopera, lésbica e venezuelana em São Paulo. Iluminando as articulações entre deslocamentos, arte, gênero e sexualidades, evidenciamos que a improvisação não só está presente nos empreendimentos artísticos, como também opera como forma de vida em meio às precariedades que caracterizam seus deslocamentos transnacionais. Nas expressões drag queen de Robert e no hip-hop migrante de Avril, feminilidade e masculinidade aparecem como fluxos que atravessam suas artes e influem no improviso da vida cotidiana migrante. Concluímos que nessas trajetórias, o atravessamento de fronteiras e a improvisação são potencializadores dos seus processos criativos.

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Biografia do Autor

Caobe Lucas Rodrigues de Sousa, Universidade Estadual de Campinas

Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Foi bolsista da Cátedra UNESCO Memorial da América Latina (2021). Mestre em Sociedade e Fronteiras pelo Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Fronteiras (PPGSOF) da Universidade Federal de Roraima (2021). É psicólogo social graduado pela Universidade Federal de Roraima (2018).

Macarena Williamson

Antropóloga Social com formação acadêmica no Chile e México. Especialização em deslocamentos, sexualidades e subjetividades. Mestranda em Antropologia Social, linha de pesquisa migrações, violências, gênero e sexualidades pelo Centro de Investigaciones y Estudios Superiores en Antropología Social Social, CIESAS, Cidade do México, México, 2015-2017. Doutoranda do Programa de Pós graduação em Ciências Sociais, linha estudos de gênero, discente do Núcleo Pagú, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, Brasil, 2020-2024. Suas pesquisas têm se centrado principalmente, em mulheres, subjetividades e violências na fronteira de México com Guatemala e EJA e migração trasnacional, no Chile.

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Publicado

2022-09-30

Edição

Seção

Dossiê "Migrações: corpo, gênero e sexualidade"