AS RELAÇÕES DE PODER NO SEMIÁRIDO NORDESTINO

Autores

  • Alane Regina Rodrigues dos Santos Universidade Federal de Sergipe
  • Carina Angélica dos Santos Universidade Federal de Sergipe
  • Andréia Rodrigues dos Santos Universidade Federal de Sergipe

DOI:

https://doi.org/10.21665/2318-3888.v2n4p151-164

Resumo

O semiárido brasileiro está compreendido em uma área de 982.566,3 km2 e abrange o norte do Estado de Minas Gerais, os sertões da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí, o que corresponde a 18,2 % do território nacional e abrange 1.133 municípios. O sertão é uma região caracterizada pela irregularidade de chuvas e pela semiaridez do seu clima que periodicamente assola a população. Devido essas particularidades, por muitos anos, o Nordeste enfrentou de forma extremamente hierarquizada, um processo civilizatório e colonizador no qual o deixou a mercê do clientelismo e dos grandes latifundiários. Diante desse contexto, o apadrinhamento e a forma patrimonialista marcaram o território nordestino, mais especificamente o semiárido, que por vários anos foi liderado pelos coronéis da região que concentravam todo o poder em suas mãos. Assim exposto, o presente artigo tem como objetivo geral discutir as relações de poder que ao longo dos anos vêm contribuindo com o quadro de dependência, extrema pobreza e aumento agudo da espoliação social da população do semiárido. São objetivos específicos, descrever como se deu a interferência do Estado em relação aos problemas relacionados com a problemática da seca, bem como identificar de que maneira vem ocorrendo a substituição patriarcal dos coronéis pelo assistencialismo governamental. Em princípio pretendeu-se descrever as características do semiárido nordestino e da seca que ocorre frequentemente na região. Em contrapartida, apresentam-se as relações de poder das classes dominantes que se beneficiaram, indevidamente, com os investimentos e subsídios oferecidos pelo governo. Em acréscimo, apresenta-se um breve recorte sobre os programas e políticas públicas voltadas para a convivência com o semiárido. É importante ressaltar, que os procedimentos metodológicos utilizados nesta pesquisa foram documental e bibliográfica em dissertações, teses, artigos, livros e periódicos relacionados com o tema.  Nesta perspectiva, o presente estudo foi baseado pacificamente em autores conceituados, tais como: Weber (1999), Arendt (1985), Poulantzas (1985), Duarte (2001), Silva (2006) entre outros.

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Biografia do Autor

Alane Regina Rodrigues dos Santos, Universidade Federal de Sergipe

Mestra e Doutoranda em Desenvolvimento em Meio Ambiente - UFS

Carina Angélica dos Santos, Universidade Federal de Sergipe

Mestra e Doutoranda em Desenvolvimento em Meio Ambiente – UFS

Andréia Rodrigues dos Santos, Universidade Federal de Sergipe

Graduanda em Serviço Social da Universidade Federal de Sergipe.

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Publicado

2015-05-09

Edição

Seção

Artigo