ITUZAINGÓ NÃO É WINSTON PARVA OU COMO OS PERMANTENTES SE TORNAM OUTSIDERS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21665/2318-3888.v4n8p213-242

Resumo

A construção da Hidrelétrica de Yacyretá no Rio Paraná, na altura dos municípios fronteiriços de Ituzaingó/Argentina e Ayolas/Paraguai, promoveu um conjunto de transformações ambientais e socioeconômicas em toda região próxima dos Saltos de Apipé. Neste contexto, o intuito do artigo é analisar a relação entre os antigos moradores de Ituzaingó e os trabalhadores migrantes vinculados a hidrelétrica, problematizando as fases de isolamento, concorrência e adaptação que marcam o contato entre os grupos, assim como os processos de estigmatização derivados. Para tanto, o estudo exigiu uma triangulação entre a análise bibliográfica, a observação direta e um conjunto de entrevistas realizadas no município argentino. Os resultados obtidos demonstram a existência inicial de um processo de segregação, sustentado pela exclusão e estigmatização da população nativa da região, mas que é gradativamente alterado com o fortalecimento das relações entre os grupos, momento em que se visualiza o fortalecimento de um processo de naturalização das diferenças.

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Biografia do Autor

Eric Gustavo Cardin, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Doutor em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Pós-doutor em Antropologia Social pela Universidad Nacional de Misiones (UNaM/Argentina). Professor dos Programas de Pós-graduação em Ciências Sociais e em Sociedade, Cultura e Fronteiras na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)

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Publicado

2017-01-23

Edição

Seção

Artigo