REFUGIADOS E AS FRONTEIRAS BRASILEIRAS: ANÁLISES SOBRE A SECURITIZAÇÃO DESSES ESPAÇOS, “CAPACITY BUILDING” E A GARANTIA DOS DIREITOS HUMANOS.

Autores

  • Adriana dos Santos Corrêa Universidade Federal da Grande Dourados

DOI:

https://doi.org/10.21665/2318-3888.v6n11p142-172

Resumo

O objetivo deste trabalho é analisar os espaços de fronteiras e as suas implicações de segurança utilizando uma abordagem mais ampla dos estudos de Segurança Internacional. Ademais, busca-se identificar elementos que configuram a securitização das fronteiras brasileiras e dos imigrantes e refugiados que por ela adentram, estabelecendo relações desse contexto com o panorama atual de proteção e garantia dos direitos humanos por parte do Estado. Utilizamos para o estudo o conceito de “securitização” proposto por autores da Escola de Copenhague, sob uma abordagem construtivista das relações internacionais. Esta abordagem considera que a ameaça à segurança nacional é construída socialmente, e que diversos temas podem ser securitizados. Esta pesquisa se pautou em análises bibliográficas acerca do instituto do refúgio nas Relações Internacionais, sobre o contexto brasileiro de proteção e a realidade das fronteiras brasileira em relação a esses temas e conta ainda com as contribuições do conceito de “Capacity Building” para uma análise sobre a interferência da estrutura estatal na garantia dos direitos humanos. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com algumas instituições que lidam com a temática do refúgio e com imigrantes haitianos que vivem na cidade de Dourados (MS). Identificamos várias ações por parte das instituições e da sociedade fronteiriça que demonstram a alta securitização desses espaços e os desdobramentos desse processo na vida de quem solicita refúgio no Brasil.

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Biografia do Autor

Adriana dos Santos Corrêa, Universidade Federal da Grande Dourados

Mestranda em Fronteiras e Direitos Humanos UFGD

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Publicado

2018-10-03

Edição

Seção

Dossiê: Migrações, Interculturalidades e Direitos Humanos