CLARICE LISPECTOR E A FELICIDADE CLANDESTINA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51951/ti.v11i24

Palavras-chave:

Clarice Lispector, Filosofia, Felicidade, Significação

Resumo

A proposta deste artigo é discorrer sobre a percepção da palavra felicidade no conto “Felicidade Clandestina”, de Clarice Lispector. Essa análise se constrói diante de compreensões do valor plurissignificativo da palavra no texto literário e do dialogismo que é possível ocorrer entre o léxico e a sua plurissignificação. Como objetivos específicos, podem ser elencados: apresentar a ideia filosófica de felicidade tomada por alguns filósofos; apresentar no conto basilar as marcas de percepção da narradora sobre o termo atribuído ao estado de feliz; e esclarecer a ideia de felicidade desenvolvida pela narradora. A narradora do conto constrói um texto com tomada de referência do conceito canônico da palavra felicidade para, a partir daí, desenvolver uma narrativa com outra percepção da palavra. Ademais, este estudo é bibliográfico qualitativo. Serviram de apoio teórico: Abbagnano (2012), Marías (1989), Laêrtios (2008), Piglia (2004), Driver (2009), Fonseca (2016), Bakhtin (1992), Freud (2016), dentre outros. Esses autores fomentam as discussões no tocante à compreensão do termo analisado (felicidade) e dos esclarecimentos dos sentidos de uma palavra nos diversos contextos ou nos dialogismos textuais.

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Biografia do Autor

Nataniel Bezerra da Costa HORA, Universidade Federal de Sergipe - UFS

Graduado em Letras (Faculdade Atlântico), tem pós-graduação lato sensu em Didática do Ensino Superior, é professor da SEDUC-SE e Mestre Profissional em Letras (PROFLETRAS) pela Universidade Federal de Sergipe, campus São Cristóvão (turma 6).

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Publicado

2022-01-07

Como Citar

HORA, Nataniel Bezerra da Costa. CLARICE LISPECTOR E A FELICIDADE CLANDESTINA. Travessias Interativas, [S. l.], v. 11, n. 24, p. 167–179, 2022. DOI: 10.51951/ti.v11i24. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/Travessias/article/view/17024. Acesso em: 18 abr. 2024.