Considerações geossociolinguísticas atinentes a “parir” em capitais das regiões Norte e Nordeste com base em dados do projeto ALiB

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51951/ti.v12i26.p162-176

Palavras-chave:

Geossociolinguística, Léxico, Ciclos da Vida, Parir

Resumo

O artigo aborda uma análise das respostas obtidas por meio da questão 124 do Questionário Semântico-Lexical (QSL), constante do campo Ciclos da Vida, a saber: “Chama-se a [parteira/aparadeira etc.] quando a mulher está...”. (COMITÊ NACIONAL DO PROJETO ALIB, 2001, p. 31), com base no repertório linguístico de falantes das regiões Norte e Nordeste do Brasil. Os informantes foram distribuídos equitativamente por ambos os sexos, em duas faixas etárias, selecionados de acordo com os critérios da Dialetologia Contemporânea. Os dados foram recolhidos de inquéritos do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), pautando-se nos pressupostos teórico-metodológicos da Geolinguística Pluridimensional com o intuito de analisar as formas lexicais presentes nas respostas dos informantes, tais como: parir, ter..., dar à luz, ganhar..., descansar, dar cria, dar neném e dar filho. O estudo revelou a presença de covariação sistemática entre as variações linguísticas e extralinguísticas nos dados analisados.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marcela Moura Torres Paim, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Professora Associada III de Língua Portuguesa do Departamento de Letras da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLinC) da Universidade Federal da Bahia e do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem (PROGEL) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Doutora em Letras pela Universidade Federal da Bahia (2007). Realizou Estágio Pós-Doutoral na Universidade Estadual de Feira de Santana. Possui graduação em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco (2001) e mestrado em Letras e Linguística pela Universidade Federal da Bahia (2005).

Referências

ANTUNES, Irandé. Território das palavras: estudo do léxico em sala de aula. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.

BIDERMAN, Maria Tereza Camargo. Teoria linguística: teoria lexical e teoria computacional. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

CALLOU, Dinah. Quando Dialectologia e Sociolinguística se encontram. Estudos Linguísticos e Literários, Salvador, n. 41, p. 29-48, jan./jun. 2010.

CARDOSO, Suzana Alice Marcelino da Silva et al. Atlas linguístico do Brasil. v. 1. Londrina: Ed. UEL, 2018a.

CARDOSO, Suzana Alice Marcelino da Silva et al. Atlas linguístico do Brasil. v. 2. Londrina: Ed. UEL, 2018b.

CARDOSO, Suzana Alice Marcelino. A dialectologia no Brasil: perspectivas. DELTA, 15, n. Especial, p. 233-255, 1999. Disponível em: https://www.scielo.br/j/delta/a/3KKq3KvDBF9GgsyrcbBP8bt/?lang=pt. Acesso em: 16 fev. 2021.

CARDOSO, Suzana Alice Marcelino. O papel de um atlas linguístico. In: MOTA, Jacyra Andrade; PAIM, Marcela Moura Torres; RIBEIRO, Silvana Soares Costa (org.). Documentos 5: projeto atlas linguístico do Brasil: avaliações e perspectivas. Salvador: Quarteto, 2015. p. 13-21.

CARDOSO, Suzana Alice. Geolinguística: tradição e modernidade. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.

CARDOSO, Suzana. Língua: meio de opressão ou de socialização? In: FERREIRA, Carlota et al. Diversidade do português do Brasil: estudos de dialetoclogia rural e outros. 2. ed. Salvador: Centro Editorial e Didático da UFBA, 1994 [1986]. p. 229-233.

COMITÊ NACIONAL DO PROJETO ALiB. Atlas lingüístico do Brasil: questionários 2001. Londrina: Ed. UEL, 2001.

COMITÊ NACIONAL DO PROJETO ALIB. Projeto atlas linguístico do Brasil: transcrição do corpus: resoluções tomadas no V WorkALiB. Salvador, Universidade Federal da Bahia, ago. 2005. Não publicado.

FERREIRA, Carlota; CARDOSO, Suzana Alice. A dialectologia no Brasil. São Paulo: Contexto, 1994.

GRÁVIDO. [Compositor e intérprete]: Gonzaguinha. In: GRÁVIDO. Intérprete: Gonzaguinha. São Paulo: EMI, 1984. 1 disco vinil, lado B, faixa 2 (3 min).

GUÉRIOS, Rosário Farâni Mansur. Tabus lingüísticos. Revista Letras, 3, p. 7-37, 1955.

KRÖLL, Heinz. O eufemismo e o disfemismo no português moderno. Lisboa: Instituto de Cultura e Língua Portuguesa: Ministério da Educação, 1984.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. O léxico: lista, rede ou cognição social? In: NEGRI, Ligia; FOLTRAN, Maria José; OLIVEIRA, Roberta Pires de (org.). Sentido e significação: em torno da obra de Rodolfo Ilari. São Paulo: Contexto, 2004. p. 263-284.

MORENO FERNÁNDEZ, Francisco. Principios de sociolinguística y sociología del lenguaje. Barcelona: Ariel, 1998.

MOTA, Jacyra Andrade; CARDOSO, Suzana Alice Marcelino (org.). Documentos 2: projeto atlas lingüístico do Brasil. Salvador: Quarteto, 2006.

NASCENTES, Antenor. A gíria brasileira. Rio de Janeiro: Livraria Acadêmica, 1953.

NASCENTES, Antenor. Bases para a elaboração do atlas lingüístico do Brasil. Rio de Janeiro: MEC: Casa de Rui Barbosa, v. 1, 1958; v. 2, 1961.

PAIM, Marcela Moura Torres; SFAR, Inès, MEJRI, Salah. Nas trilhas da fraseologia a partir de dados orais de natureza geolinguística. Salvador: Quarteto, 2018.

RIBEIRO, Silvana Soares Costa. Brinquedos e brincadeiras infantis na área do falar baiano, 2012. Tese (Doutorado em Letras e Linguística) – Instituto de Letras, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2012.

SILVA, Nádia Letícia Pereira. De amarrar o facão a casa da ruindade: unidades fraseológicas nas áreas semânticas ciclos da vida e convívio e comportamento social no interior do Maranhão e do Ceará, 2020. Dissertação (Mestrado em Letras) – Centro de Ciências Humanas, Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2020.

VILELA, Mário. Estudos de lexicologia do português. Coimbra: Almedina, 1994.

Downloads

Publicado

2023-01-04

Como Citar

DOS SANTOS, Daiane Cunha; PAIM, Marcelamtpaim. Considerações geossociolinguísticas atinentes a “parir” em capitais das regiões Norte e Nordeste com base em dados do projeto ALiB. Travessias Interativas, [S. l.], v. 12, n. 26, p. 162–176, 2023. DOI: 10.51951/ti.v12i26.p162-176. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/Travessias/article/view/17415. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

VERTENTES DOS ESTUDOS SOCIOLINGUÍSTICOS