Hegel e a ironia romântica: racionalidade, direito e saber

Autores

  • Jean Felipe de Assis Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ

Palavras-chave:

Hegel, Ironia, Romantismo, F. Schlegel

Resumo

Avaliam-se as posições de Hegel sobre a Ironia Romântica em passagens seletas de seu corpus, especificamente seus estudos sobre o poético nos Cursos de Estética. Diante da multiplicidade de considerações e interpretações dos movimentos românticos, as observações desse filósofo contribuem para uma avaliação das propostas científicas, históricas e políticas de um marcante período intelectual em solos germânicos. Em contrapartida às ideias de F. Schlegel e Novalis, Hegel enfatiza a utilização socrática do conceito de ironia, enquanto as tendências classificadas como românticas apontam antíteses impossíveis de serem superadas em promessas racionais irrealizáveis. Em um modo introdutório de discutir o problema do poético em um diálogo entre Hegel e os românticos, opta-se por estudar a crítica hegeliana à ironia consagrada nos textos de Friedrich Schlegel. Para Hegel, o desvelar do Geist e a busca por auto-consciência efetivam uma realização racional mediante transformações históricas e formas de constituição da intelectualidade e da vida social.

Referências

BEHLER, Ernst. German romantic literary theory. Cambridge: Cambridge University Press, 1993.

BEISER, Frederick. German idealism: thestruggle against subjectivism: 1781-1801. Cambridge: Havard University Press, 2002.

BEISER, Frederick. The fate of reason: german philosophy from Kant to Fichte. Cambridge: Havard University Press, 1987.

BERLIN, Isaiah. The roots of romanticism. Princeton: Princeton University Press, 2013.

BOWIE, Andrew. Aesthetics and subjectivity: from Kant to Nietzsche. Manchester: Manchester University Press, 2003.

COWAN, Scott Jonathan. Hegel between criticism And romanticism: love & self-consciousness in the phenomenology. Master Thesis in Philosophy at University of Winconsin-Milwaukee. 2017.

FERRATER MORA, José. Diccionario de filosofía Q-Z. Barcelona: Ariel, 2004.

FRANK, Manfred. The philosophical foundations of early german romanticism. Albany: SUNY Press, 2004.

GONÇALVES, Márcia. A morte e a vida da arte. Kriterion, v. 45, p.46-56, 2004.

HARTMANN, Nicolai. A filosofia do idealismo alemão. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 1983.

HEGEL, G.W.F. Fenomenologia do espírito. Petrópolis: Vozes, 2003.

HEGEL, G.W.F. Filosofia do direito. São Paulo: Loyola, 2010.

HEGEL, G.W.F. Cursos de estética. Volume I. São Paulo: Edusp, 2001.

HEGEL, G.W.F. Enciclopedia de las ciencias filosóficas. Madrid: Alianza Universidad, 2005.

HONDERICH, Ted. The Oxford companion to philosophy. Oxford: Oxford University Press, 1995.

INWOOD, M. J. A Hegel dictionary. Oxford: Blackwell Publishers, 1992.

KOMPRIDIS, Nikolas. Philiosophical romanticism. London: Routledge, 2006.

LACOUE-LABARTHE, Philippe e NANCY, Jean-Luc. The literary absolute: the theory of literature in german romanticism. Albany: SUNY Press, 1988.

MARKUS, Gyorgy. Hegel and the End of Art. Literature and aesthetics, v.6, p.7-26, 1996.

NOVALIS. Miscellaneous Remarks. In: BERNSTEIN M. (Org.). Classic and romantic german aesthetics. Cambridge: Cambridge University Press, 2003, p. 203-214.

REALE, G. e ANTISERI, D. História da filosofia vol 5: Do romantismo ao empiriocriticismo. São Paulo: Paulus, 2005.

RIBEIRO, Nuno. Fernando Pessoa leitor de Novalis e o problema da heteronímia. Scripta, v.16, n.31, p.53-70, 2012.

SAFRANSKI, Rüdinger. Romantismo: uma questão alemã. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

SCHLEGEL, Friedrich. Athenaeum fragments. In: BERNSTEIN M. (Org.). Classic and romantic german aesthetics. Cambridge: Cambridge University Press, 2003a, p. 246-260.

SCHLEGEL, Friedrich. Critical Fragments. In: BERNSTEIN M. (Org.). Classic and romantic german aesthetics. Cambridge: Cambridge University Press, 2003b, p. 239-245.

SCHLEGEL, Friedrich. Ideas. In: BERNSTEIN M. (Org.). Classic and romantic german aesthetics. Cambridge: Cambridge University Press, 2003c, 261-268.

Publicado

2021-01-07

Como Citar

ASSIS, Jean Felipe de. Hegel e a ironia romântica: racionalidade, direito e saber. A Palo Seco – Escritos de Filosofia e Literatura, São Cristóvão-SE: GeFeLit, n. 13, p. 140–150, 2021. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/apaloseco/article/view/15061. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos