A revolta contra a passagem do tempo:perpectivas nietzschiana e freudiana

Autores

  • Isabel Fortes Universidade Veiga de Almeida

Resumo

O artigo pretende analisar a revolta contra a passagem do tempo, a partir de elementos que podem ser destacados acerca dessa temática nas obras de Nietzsche e de Freud. No primeiro autor, a irreversibilidade do tempo é uma das marcas do trágico. O tempo do trágico atesta que não há como “querer para trás”, isto é, não há como estancar e congelar o instante. A vontade de eternidade se associa à tentativa de fazer valer a permanência e a estabilidade das coisas, e se circunscreve ao niilismo passivo, à vontade de nada querer. Também a figura do ressentimento pode ser associada ao apego à passagem e à memória. A saída do ressentimento se encontra na faculdade de esquecer, que é a possibilidade de se viver a fluidez do instante. Em Freud, o desconsolo quanto à passagem do tempo é investigado a partir da relação entre a não aceitação da transitoriedade das coisas e a incapacidade de fruição do Belo. Por outro lado, apresenta-se a articulação que pode ser feita entre tempo, castração e finitude.

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Publicado

2014-06-30

Edição

Seção

Artigos: Estudos Teóricos e Ensaios