O PAPEL DO CUIDADOR FAMILIAR NO CAMPO DA SAÚDE MENTAL: AVANÇOS E CONTRADIÇÕES
Resumo
Este artigo tem por objetivo discutir os marcos políticos, teóricos e sociais que contribuíram para os avanços ocorridos no campo da saúde mental no percurso da Reforma Psiquiátrica, no que concerne ao papel da família no cuidado à pessoa em sofrimento psíquico. Trata-se de um estudo exploratório que visa contextualizar as ações de políticas de orientação à saúde mental, voltadas para atenção ao cuidado e aos serviços implantados no processo de desinstitucionalização. No que se refere à família, a literatura revela que essa sempre esteve presente nas discussões da Reforma, ora como vítima, afastando o paciente para libertar-se dele, ora como responsável pelo seu adoecimento e, por último, como agente principal no tratamento e acolhimento do familiar em sofrimento. Também se evidenciou a necessidade de ações práticas que possam diminuir as lacunas existentes, que causam distanciamento do que é proposto em saúde mental. Por fim, o estudo mostrou que as mudanças ocorridas no seio da Reforma Psiquiátrica teve como aliado o movimento de revolução e de transformação, ocorrido na organização familiar e na sua relação com o sujeito em sofrimento psíquico.Downloads
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Publicado
2018-05-25
Edição
Seção
Artigos: Estudos Teóricos e Ensaios