Confissão e hermenêutica de si na genealogia da subjetividade moderna

Autores

  • Luiz Paulo Leitão Martins

Resumo

Este artigo aborda a constituição da tecnologia da confissão na história da subjetividade e sua importância na formação de uma hermenêutica de si. Para isso, examina-se como as práticas de dizer a verdade estavam presentes na Antiguidade grega e romana a partir da experiência de exame vespertino nos pitagóricos e de duas passagens de textos de Sêneca, no caso dos estoicos. Em seguida, com o objetivo de definir a especificidade das formas de subjetivação no advento do cristianismo, analisam-se as práticas de preparação para o batismo, de penitência canônica e de direção nas comunidades cristãs dos primeiros séculos. O ponto de partida de nossa investigação se dá em torno da identificação de uma problematização nos trabalhos de Foucault a respeito da exigência de confissão na prática psiquiátrica de tratamento moral preconizada por Leuret no século XIX, e da importância dessa exigência quando se considera a genealogia da subjetividade moderna.

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Publicado

2018-11-20

Edição

Seção

Artigos: Estudos Teóricos e Ensaios