Síndrome de Burnout em professores de medicina: revisão sistemática

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29276/redapeci.2018.18.310026.115-126

Resumo

Objetivo: Sistematizar o conhecimento disponível na literatura acerca da Síndrome de Burnout em docentes atuantes no curso de medicina. Método: Foi realizada uma revisão sistemática nas bases de dados LILACS, PubMed e Scielo, utilizando os descritores “burnout, professional”, “faculty” e “faculty medical”, nos idiomas português, inglês e espanhol, entre 2008 e 2018. Resultados: Foram analisados três artigos, os quais evidenciaram que a maioria dos professores de medicina sofrem de Síndrome de Burnout, em que os principais fatores que desencadeiam tal síndrome são: estar em um estágio de início de carreira, o fato de ter filhos em casa, jornada dupla de trabalho, falta de valorização, baixa remuneração e estresse no ambiente de trabalho. Conclusão: Revela-se que, as exigências da contemporaneidade contribuem para a exaustão física e psicológica associada ao exercício profissional de docentes de medicina do ensino superior. Constata-se também que, há poucas pesquisas que estudam a Síndrome de Burnout em docentes de medicina fazendo-se necessário a intensificação de estudos voltados para esse público.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Raissa Cristina Pereira, Universidade Federal de Goiás

Graduada em Educação Física pela Universidade Federal de Goiás - Regional Catalão. Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Gestão Organizacional pela Universidade Federal de Goiás - Regional Catalão.

Referências

BARBOSA, A. Implicações dos baixos salários para o trabalho dos professores brasileiros. Revista Educação e Políticas em Debate, v. 1, n. 2, 2012.

BARBOSA, J. R. A. “Didática do Ensino Superior”. 2.ed. Curitiba: IESDE Brasil S.A, 2011, 172 p.

BATISTA, J. B. V. et al. Prevalência da Síndrome de Burnout e fatores sociodemográficos e laborais em professores de escolas municipais da cidade de João Pessoa, PB. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 13, p. 502-512, 2010.

BRASIL; BRASIL. Decreto nº 3.048, de 6 de Maio de 1999. Aprova o Regulamento da Previdência Social, e dá outras providências. Diário Oficial da União, 1999.

CARLOTTO, M. S. Síndrome de Burnout: Diferenças segundo níveis de ensino. Psico, v. 41, n. 4, p. 4, 2010.

______. Síndrome de Burnout em professores: prevalência e fatores associados. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 27, n. 4, p. 403-410, 2011.

CODO, W.; MENEZES, I. V. O que é Burnout. In: CODO, W. (Coord.). Educação: carinho e trabalho. Petrópolis: Vozes, 2006. p. 237-254.

COSTA, D. T.; MARTINS, M. do C. F. Estresse em profissionais de enfermagem: impacto do conflito no grupo e do poder do médico. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 45, n. 5, p. 1191-1198, 2011.

COSTA, N. M. S. C. Formação e práticas educativas de professores de medicina: uma abordagem etnográfica. Indagatio Didactica, v. 5, n. 2, 2013.

CRUZ, R. M. et al. Saúde docente, condições e carga de trabalho. Revista Electrónica de Investigación y Docencia (REID), n. 4, 2010.

DIAS, F. M. et al. O estresse ocupacional e a síndrome do esgotamento profissional (burnout) em trabalhadores da indústria do petróleo: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, v. 41, 2016.

FARBER, B. A. inconsequentiality - the key to understanding teacher burnout. In: VANDERBERGUE, R.; HUBERMAN, M. A. (Eds.). Understanding and preventing teacher burnout: a source book of international practice and research. Cambridge: Cambridge University Press, 1999. p. 159-165.

FERENHOF, I. A.; FERENHOF, E. A. Sobre a Síndrome de Burnout em professores. EccoS revista científica, v. 4, n. 1, p. 131-152, 2008.

GALVÃO, C. M.; SAWADA, N. O.; TREVIZAN, M. A. Revisão sistemática: recurso que proporciona a incorporação das evidências na prática da enfermagem. Revista Latino-americana de enfermagem, v. 12, n. 3, p. 549-556, 2004.

GIL-MONTE, P. R. El síndrome de quemarse por el trabajo (burnout) como fenómeno transcultural. Informació psicológica, n. 91-92, p. 4-11, 2007.

GONÇALVES, T. B. et al. Prevalência de síndrome de burnout em professores médicos de uma universidade pública em Belém do Pará. Rev Bras Med Trabalho, v. 9, n. 2, p. 85-9, 2011.

HARRISON, B. J. Are you destined to burn out?. Fund raising management, v. 30, n. 3, p. 25-27, 1999.

KOGA, G. K. C. et al. Fatores associados a piores níveis na escala de Burnout em professores da educação básica. Caderno Saúde Coletiva, p. 268-275, 2015.

LAPYDA, I. A financeirização no capitalismo contemporâneo: uma discussão das teorias de François Chesnais e David Harvey. 2011. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.

LIBÂNEO, J. C. “Didática: velhos e novos Temas.” Goiânia: Edição do autor, 2002, 134 p.

LIMA, M de. F. E. M.; LIMA-FILHO, D. O. Condições de trabalho e saúde do/a professor/a universitário/a. Ciências & Cognição, v. 14, n. 3, 2009, p. 62-82.

MASLACH, C.; JACKSON, S. E. The measurement of experienced burnout. Journal of organizational behavior, v. 2, n. 2, p. 99-113, 1981.

______.; LEITER, M. P. Early predictors of job burnout and engagement. Journal of applied psychology, v. 93, n. 3, p. 498-512, 2008.

MATTOS, P. L. C. L de. Pés de barro do texto" produtivista" na academia. Revista de Administração de Empresas, v. 52, n. 5, p. 566-573, 2012.

MAZON, V.; CARLOTTO, M. S.; CÂMARA, S. Síndrome de Burnout e estratégias de enfrentamento em professores. Arquivos Brasileiros de Psicologia, v. 60, n. 1, p. 55-66, 2008.

MENDONÇA, V. L. G de.; COELHO, J. A. P. de M.; JÚCA, Mário Jorge. Síndrome de burnout em médicos docentes de uma instituição pública. Psicologia em Pesquisa, v. 6, n. 2, p. 90-100, 2012.

PAIVA, K. C. M de.; MELO, M. C. O. L. Competências profissionais docentes e sua gestão em universidades mineiras. In: II Encontro de Gestão de Pessoa e Relações de Trabalho. Curitiba, 2009.

PEREIRA, A. M. T. Benevides. Burnout: quando o trabalho ameaça o bem-estar do trabalhador. Casa do Psicólogo, 2002.

SAMPAIO, R. F.; MANCINI, M. C. Estudos de revisão sistemática: um guia para síntese criteriosa da evidência científica. Revista brasileira de fisioterapia, v. 11, n. 1, p. 83-89, 2007.

SANTOS, A. A dos.; NASCIMENTO SOBRINHO, C. L. Revisão sistemática da prevalência da Síndrome de Burnout em professores do ensino fundamental e médio. Revista baiana de saúde pública, v. 35, n. 2, p. 299, 2012.

SANTOS, C. M. da C.; PIMENTA, C. A. de M.; NOBRE, M. R. C. A estratégia PICO para a construção da pergunta de pesquisa e busca de evidências. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 15, n. 3, p. 508-511, 2007.

SILVEIRA, K. A. et al. Estresse e enfrentamento em professores: uma análise da literatura. Educação em Revista, v. 30, n. 4, 2014.

STETLER, C. B. et al. Utilization-focused integrative reviews in a nursing service. Applied Nursing Research, v. 11, n. 4, p. 195-206, 1998.

TAMAYO, A. Burnout: aspectos gerais e relação com o estresse no trabalho. In: ______ (Org.) Estresse e cultura organizacional. São Paulo: Casa do Psicólogo: All Books, 2008, p. 75-106.

TAMAYO, M. R. Relação entre a síndrome de burnout e os valores organizacionais no pessoal de enfermagem de dois hospitais públicos. Brasília (DF): Universidade de Brasília, 1997.

TIJDINK, J. K.; VERGOUWEN, A. C. M.; SMULDERS, Y. M. Emotional exhaustion and burnout among medical professors; a nationwide survey. BMC medical education, v. 14, n. 1, p. 183, 2014.

URSI, E. S. Prevenção de lesões de pele no perioperatório: revisão integrativa da literatura. [Dissertação]. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto; 2005.

VOLTARELLI, J. C. Estresse e produtividade acadêmica. Medicina (Ribeirao Preto. Online), v. 35, n. 4, p. 451-454, 2002.

Downloads

Publicado

2018-12-09