Sobre flores, grilhões, consciência e afetos

a disputa pela captura do gosto para desmontar as engrenagens de produção social da ignorância

  • Syvia Debossan Moretzsohn Universidade do Minho
  • Marco Schneider

Resumo

Este artigo parte da necessidade de se enfrentar a produção social da ignorância no ambiente contemporâneo de hiperinformação favorecido pelo complexo de infotelecomunicações, que solapa a emergência de consciências e ações emancipatórias coletivas. A partir da metáfora de Marx sobre a necessidade de se arrancar as flores imaginárias dos grilhões, que sintetiza poeticamente a relação dialética entre base e superestrutura, destacamos o papel decisivo da luta pela captura do gosto, expressão e medida do valor de uso dos bens, materiais e simbólicos, e ao mesmo tempo substrato sensível das ideologias, no contexto atual de avanço da extrema-direita pelo mundo.

Biografia do Autor

Syvia Debossan Moretzsohn, Universidade do Minho

Professora aposentada da Universidade Federal Fluminense (UFF), mestre em Comunicação (UFF) e doutora em Serviço Social (UFRJ), com estágio pós-doutoral no CECS/Universidade do Minho. Pesquisadora do Observatório de Ética Jornalística – ObjETHOS (PPGJor/UFSC) e do Núcleo de Pesquisas em Jornalismo – Nupejor (UFRGS).

Marco Schneider

Professor do departamento de Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense (UFF), do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação - PPGCI-Ibict/ECO-UFRJ e do Programa de Pós-Graduação Mídia e Cotidiano - PPGMC-UFF. Pesquisador do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict).  Doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (ECA-USP).

Publicado
2022-05-15
Seção
DOSSIÊ TEMÁTICO