A VIOLÊNCIA ESTRUTURAL DOS FEMINICÍDIOS NA LITERATURA LATINO-AMERICANA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47250/forident.v33n1.p31-43

Resumo

Este estudo apresenta reflexões sobre a impunidade estrutural que atravessa as representações de feminicídio nas narrativas de Marina Colasanti, Arminé Arjona e Selva Almada, que contextualizam esse crime em sistemas patriarcais do Brasil, México e Argentina, respectivamente. Este recorte analisará como os códigos machistas relativizam a impunidade de criminosos ao mesmo tempo em que promovem a culpabilização e a desqualificação da vítima. Neste estudo, exploramos as representações literárias como arquivos sociais, levando em conta os conceitos de violência estrutural e as abordagens feministas de Rita Laura Segato (2013), Julia Fragoso (2010) e Lia Zanotta Machado (2010). Metodologicamente, a violência está sendo vista como um código machista de punição e controle do corpo da mulher.

Palavras-chave: Violência contra a mulher. Literatura comparada. Códigos misóginos.

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Biografia do Autor

Carlos Magno Gomes, Universidade Federal de Seripe - UFS

Professor de Teoria Literária da graduação e pós-graduação da UFS/CNPq e atua no PPGL e no PROFLETRAS. Editor da Revista Interdisciplinar de Língua e Literatura.

Referências

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Publicado

2021-04-15

Como Citar

GOMES, Carlos Magno. A VIOLÊNCIA ESTRUTURAL DOS FEMINICÍDIOS NA LITERATURA LATINO-AMERICANA. Revista Fórum Identidades, Itabaiana-SE, v. 33, n. 1, p. 31–43, 2021. DOI: 10.47250/forident.v33n1.p31-43. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/forumidentidades/article/view/15493. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Literatura contra a opressão de gênero