RESISTÊNCIA E LUTA EM A MORTE DO VELHO KIPACAÇA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47250/forident.v34n1.p133-145

Palavras-chave:

Construção de identidade, Cultura, Resistência

Resumo

Este artigo tem como objetivo geral analisar a importância das tradições culturais na literatura angolana em A morte do velho Kipacaça, de Boaventura Cardoso (2004). Como objetivos específicos, busca-se associar o contexto da obra citada com as lendas brasileiras, como o Caipora e o Curupira, e relacionar o processo literário angolano com o Modernismo brasileiro. Durante séculos, os angolanos passaram por um processo de assimilação, o que os levou a questionar e a fortalecer sua própria cultura, a exemplo do que aconteceu também com o Modernismo brasileiro, que buscava criar uma identidade nacional. Diante do processo de formação de seu povo, os escritores vivenciaram duas realidades: a da vida do europeu e a do africano, notadamente em Angola, onde a literatura ainda trazia os traços da oralidade como parte da cultura local. Para isso, utiliza-se a pesquisa bibliográfica. Amparado em autores como Bakthin (Volochínov) (1992); Ferreira (2010); Fonseca; Moreira (2007), Cardoso (2004), entre outros, pode-se compreender a contribuição das tradições para a formação da identidade cultural do angolano.

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Biografia do Autor

Marcos Antonio de Oliveira, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN

Mestre - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN); membro do Grupo de Pesquisa Literatura, Tecnologias e Novas Linguagens.

Verônica Maria de Araújo Pontes, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN

Doutora - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)/Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN); membro do Grupo de Pesquisa Literatura, Tecnologias e Novas Linguagens.

Referências

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Publicado

2021-10-27

Como Citar

OLIVEIRA, Marcos Antonio de; PONTES, Verônica Maria de Araújo. RESISTÊNCIA E LUTA EM A MORTE DO VELHO KIPACAÇA. Revista Fórum Identidades, Itabaiana-SE, v. 34, n. 1, p. 133–145, 2021. DOI: 10.47250/forident.v34n1.p133-145. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/forumidentidades/article/view/16624. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Abordagens pós-coloniais

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