DAS FRANJAS DA OBRA AOS SENTIDOS DO TEXTO: AS NARRATIVAS DE PEPETELA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47250/forident.v34n1.p147-159

Palavras-chave:

Paratexto autoral, Pepetela, Instância narrativa, Geografias literárias, Imaginário cultural angolano

Resumo

O presente texto tem como objetivo analisar as estratégias discursivas e textuais presentes em Mayombe (2013 [1980]) e O planalto e a estepe: Angola, dos anos 60 aos nossos dias. A história real de um amor impossível (2009), de Pepetela, no trânsito paratexto, texto e contexto. À luz da noção de “paratexto autoral”, de Gérard Genette (2009 [1987]), articulam-se o nome do autor, o título e a dedicatória à instância narrativa e ao espaço. Como o paratexto coloca-se em relação ao texto, o pseudônimo Pepetela orienta a ótica para os narradores, e o título e a dedicatória suscitam o espaço. Assim, tanto os narradores quanto as geografias espaciais conectam-se ao eixo comum nas duas obras: a convivência entre diferentes grupos e sujeitos e suas diversas formas sociais e culturais.

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Biografia do Autor

Jeferson Rodrigues dos Santos, Universidade Federal de Sergipe - UFS

Doutorando em Estudos Literários no Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

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Publicado

2021-10-27

Como Citar

SANTOS, Jeferson Rodrigues dos. DAS FRANJAS DA OBRA AOS SENTIDOS DO TEXTO: AS NARRATIVAS DE PEPETELA. Revista Fórum Identidades, Itabaiana-SE, v. 34, n. 1, p. 147–159, 2021. DOI: 10.47250/forident.v34n1.p147-159. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/forumidentidades/article/view/16640. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Abordagens pós-coloniais