DO INCÊNDIO AO CONFINAMENTO: RELATOS DA TRAJETÓRIA DE VIDA DE UMA PORTA VOZ DAS TRADIÇÕES AFRO-BRASILEIRA EM SERGIPE

Autores

  • Margareth Pinto de Menezes

Resumo

A presente comunicação procura relatar aspectos da trajetória de vida de Dona Edite, mulher negra, filha de Nagô, 95 anos de idade, residente no povoado do Pinica Pau – município de Malhador- Sergipe. Sua memória revela a história de vida de uma mulher valente, devota de Nossa senhora da Conceição e nos orixás, uma porta voz das tradições Afro-brasileiras. O preconceito, a falta de sensibilidade, o desrespeito fez com que seu neto deliberadamente queimasse todo seu indumentário, proibindo-a de exercer sua religiosidade. Seus familiares internaram-na num manicômio para afastá-la de qualquer contato com o candomblé. Até nos dias de hoje os filhos e netos a proíbem de falar a respeito alegando ser loucura tudo o que ela diz. Em seu quarto tem um altar com vários santos aos quais ela canta e faz reverência aos orixás. Isolada D. Edite fala com as plantas, dizque aqui nada nem ninguém mudará a sua fé.

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Como Citar

MENEZES, Margareth Pinto de. DO INCÊNDIO AO CONFINAMENTO: RELATOS DA TRAJETÓRIA DE VIDA DE UMA PORTA VOZ DAS TRADIÇÕES AFRO-BRASILEIRA EM SERGIPE. Revista Fórum Identidades, Itabaiana-SE, 2013. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/forumidentidades/article/view/1724. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ: IDENTIDADE SERGIPANA: DA LITERATURA À HISTÓRIA