Revista Fórum Identidades
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<p><strong>Escopo</strong>: A Revista Fórum Identidades (ISSN 1982-3916) foi criada em 2007, no Campus de Itabaiana, da UFS, é coordenada por pesquisadores vinculados ao GEPIADDE/UFS/CNPq e tem como meta publicar trabalhos acadêmicos inéditos de relevância para as áreas de Educação, Letras e Ciências Sociais, que abordem, prioritariamente, questões acerca da diversidade cultural e suas identidades, perpassando debates interseccionais pelas questões de gênero, de classe, étnico-raciais, sexuais, entre outras.<strong> </strong>Este periódico é composto de duas partes: I -<strong> </strong><strong>Dossiê temático</strong> - dedicado ao estudo das identidades em seus espaços deslocamentos sociais e suas lutas contra os processos de opressão/colonização/<wbr>globalização; e I I - <strong>Seção Livre</strong> - artigos com diferentes enfoques sobre as representações identitárias, diferenças e alteridades.</p> <p>A Revista Fórum Identidades publica pesquisas com dados humanos de acordo com as normas do Conselho de Ética. É necessário informar o prazo da pesquisa, o periódo de coleta de dados e arquivar os termos de aceite e consentimento dos participantes. Destacar a agência financiadora, entre outros dados relevantes.</p> <p>Um autor só pode publicar a cada três anos um novo trabalho. Sugerimos três coautores como número máximo. Todos esses casos serão analisados pelo Conselho Editorial.</p> <p><strong>DOI</strong>: <a href="https://doi.org/10.47250/forident">10.47250/forident</a><br><strong>E-ISSN</strong>: 1982-3916 <br><strong>Qualis</strong>: A4 - <strong>Letras, Educação e Ensino <span style="font-size: 10px;">(Quadriênio 2017-2020)</span></strong></p>Universidade Federal de Sergipept-BRRevista Fórum Identidades1982-3916Expediente
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2022-12-192022-12-1915APRESENTAÇÃO - Abordagens Decoloniais na Literatura
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Thays Keylla de AlbuquerqueTiago SilvaCarlos Magno Gomes
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2022-12-192022-12-1971210.47250/forident.v35n1.p7-12RELIGIÃO COMO ARMA: CRISTIANISMO E DOMINAÇÃO COLONIAL NA LITERATURA
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<p>A religião cristã, em <em>Things Fall Apart</em>, de Chinua Achebe (2017), <em>Purple Hibiscus</em>, de Chimamanda Ngozi Adichie (2017), e <em>A Queda do Céu: </em>palavras de um xamã yanomami, de Davi Kopenawa e Bruce Albert (2019), é tratada como uma inequívoca estratégia de <em>Soft Power</em>, aplicada para facilitar processos de dominação colonial e dinâmicas de expansão do capitalismo. Espelhando um processo histórico-cultural de inferiorização da diferença (SAID, 2003; FANON, 2008), apresentado aqui a partir do romance <em>Robinson Crusoé</em> [1917], essas obras sugerem que o proselitismo, entendido como obrigação de converter, justifica moralmente a missão civilizatória e viabiliza a expropriação de comunidades originárias, por meio da produção de fissuras em seu tecido social e de processos epistemicidas silenciosos que, mesmo no contemporâneo, continuam enquanto colonialidade (QUIJANO, 2005), determinando os modos de relação intersubjetivos.</p>Tiago Silva
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2022-12-192022-12-19132610.47250/forident.v35n1.p13-26CORPO-DOCUMENTO E MAAFA NO CONTO “ROLÉZIM”, DE GEOVANI MARTINS
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<p>Este artigo propõe uma análise crítico-literária do conto “Rolézim”, de Geovani Martins. Teremos como direcional o conceito de “corpo-documento”, de Beatriz Nascimento (NASCIMENTO, 2018; RATTS, 2006). Desse conceito, elucidaremos como, no conto, os corpos negros sentem as consequências da Maafa (ANI, 1994; NJERI, 2020); para tal, nos alicerçaremos nos estudos sobre o papel do arquétipo do “Senhor do Ocidente” (QUIJANO, 2005; NJERI, 2020); e sobre a homogeneização alienadora do <em>Outro</em>, em que o epistemicídio (CARNEIRO, 2005; SANTOS; MENESES, 2009) é posto em prática, apagando ou se apropriando as contribuições civilizatórias negras na história da humanidade. Assim, apontaremos em “Rolézim”, como a literatura registra a identidade e sobrevivência na Maafa desse “corpo-documento”.</p>Aza NjeriJanda Montenegro
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2022-12-192022-12-19274010.47250/forident.v35n1.p27-40AS ESCREVIVÊNCIAS EM MARYSE CONDÉ e JEFFERSON DE E O PACTO DA BRANQUITUDE NA DIÁSPORA NEGRA
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<p>Este texto é fruto das partilhas do grupo de pesquisa Escrevivências de Mulheres Negras em Diáspora e de práticas cotidianas (des)coloniais. O tema inicial é problematizar as mortes físicas e simbólicas das personagens do romance: <em>Eu, Tituba: bruxa negra de Salem</em> de Maryse Condé e do filme: <em>M-8 Quando a Morte Salva a Vida</em> de Jefferson De. Resgatar as <em>escrevivências</em> de Conceição Evaristo (2009) a partir do prisma das mulheres não brancas e de como essas estratégias são utilizadas como instrumentos de resistência na diáspora negra. Para além da literatura e o cinema, articula-se o pacto da branquitude alcunhado por Cida Bento (2022) para tensionar os acordos “silenciosos” entre os meios de comunicação e a segurança pública como dispositivos de manutenção de poder a partir do imagético individual e coletivo construído por membros da sociedade brasileira que possuem privilégios simbólicos e materiais. Para o estado da arte, estabeleceu-se os diálogos com o(a)s teórico(a)s: Conceição Evaristo (2009), Cida Bento (2022), Silvio Almeida (2018), Achille Mbembe [2011(2006)] e outros como estratégias metodológicas de fissura a essa narrativa eurocêntrica que vem sendo imposta como única “verdade” no imaginário social da sociedade brasileira.</p>Alessandra Corrêa de Souza
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2022-12-192022-12-19415410.47250/forident.v35n1.p41-54IDENTIDADE HÍBRIDA EM MULHERES DE CINZAS, DE MIA COUTO
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<p>Este estudo “Identidade híbrida em <em>Mulheres de cinzas</em> (2015), de Mia Couto“, está dividido em duas partes: 1) a situação histórica, geoestratégica e militar de Moçambique no final do século XIX e 2) os ecos no romance de Mia Couto, que aborda a questão do pertencimento híbrido e a crise de identificação social da negra Imani, uma mulher imersa nas relações de exploração no próprio clã e na ideologia colonial portuguesa. A pesquisa destaca, de um lado, os conceitos da “metaficção historiográfica“ (Linda Hutcheon), da questão do híbrido (Cleonice Flois), da assimilação e da crise de identificação de jovem da etnia dos VaChopi e, de outro, a teoria da identidade cultural, de Stuart Hall, a da “dominação masculina“, de Pierre Bourdieu e a da “colonialidade do poder”, de Aníbal Quijano. Além das reflexões da escritora moçambicana, Paulina Chiziane, sobre a subalternidade da mulher, e as concepções do feminismo decolonial, segundo Maria Lugones.</p>Denise Rocha
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2022-12-192022-12-19557510.47250/forident.v35n1.p55-75DO ESTEREÓTIPO FURTIVO: QUANDO A MASCULINIDADE SE APROPRIA DO DISCURSO
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<p>Este artigo objetiva estudar, à luz da Análise do Discurso francesa e da perspectiva bakhtiniana dos gêneros discursivos, alguns efeitos de sentidos produzidos no livro <em>Gatão de meia-idade: primeiras tiras</em> do autor Miguel Paiva (2008). Com base nas tiras que constituem o <em>corpus</em> desta pesquisa, observamos como o trabalho com este gênero em sala de aula pode instaurar um diálogo com o processo de leitura, interpretação e produção textual, somando-se a isto um olhar sobre as práticas sociais que forjam identidades ao homem e à mulher. A investigação apoia-se no método documental de abordagem qualitativa, uma vez que se inferenciam efeitos de sentidos sobre a masculinidade e a identidade do protagonista, um homem de meia idade que ancora seus enunciados no comportamento de suas namoradas, assegurando-lhes estereótipos que, pela via do humor, se escondem na ordem discursiva.</p>Fernanda Fernandes Pimenta de Almeida LimaKattiuce Maria Serra
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2022-12-192022-12-19779210.47250/forident.v35n1.p77-92UTOPIA E DECOLONIALIDADE EM O PAÍS DAS MULHERES, DE GIOCONDA BELLI
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<p>Utopia e decolonialidade caminham juntas, trazendo sonhos e esperanças de onde se pode tirar um pensamento de ação e de mudança. Em “O país das mulheres”, Gioconda Belli cria um cenário onde a proposta é buscar soluções para enfraquecer o patriarcado, excluindo os homens dos serviços públicos e decretando que eles trabalhem remuneradamente apenas no espaço doméstico. O objetivo geral é analisar se há a presença de um feminismo civilizatório branco-burguês e o objetivo específico é refletir se isso acontece. A metodologia adotada é bibliográfica e qualitativa. Como resultados, destaca-se a inter-relação entre utopia e decolonialidade para transformar consciências em prol de sujeitos excluídos e despossuídos e assim, conclui-se que o “risco da essência” em favor das mulheres se edifica de forma positiva na obra.</p>Giovanna de Araújo Leite
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2022-12-192022-12-199310710.47250/forident.v35n1.p93-107A IMPUNIDADE DOS FEMINICÍDIOS NO MÉXICO E NA ARGENTINA
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<p>Este artigo tem como meta comparar a representação dos feminicídios no romance <em>2666</em> (2004), de Roberto Bolaño, que retrata diversos crimes impunes praticados contra mulheres em Ciudad Juárez, no México, e em <em>Chicas</em> <em>muertas </em>(2014), de Selva Almada, que resgata investigações sobre execuções de mulheres nas quais não houve a punição dos culpados no interior da Argentina. Metodologicamente, adotamos uma abordagem de análise a partir das teóricas feministas latino-americanas, valendo-nos de conceitos como “feminicídio”, de Marcela Lagarde (2004, 2006, 2008), “violência sistêmica”, de Rita Segato (2013), “colonialidade de gênero”, apontado por Maria Lugones (2008, 2014), e “tipologias do feminicídio”, de Julia Fragoso (2010). Como resultado, destacamos a possibilidade de que, ao atravessar as fronteiras literárias, Bolaño e Almada nos proporcionam uma representação da impunidade do feminicídio que desnuda a perversidade misógina desse crime.</p>Juliana dos Santos Santana
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2022-12-192022-12-1910912310.47250/forident.v35n1.p109-123CONCEIÇÃO EVARISTO E SUA ESCRITA PARA (IN)FORMAÇÃO DE LEITORES(AS)
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<p>Este artigo propõe discutir a importância da literatura decolonial de Conceição Evaristo para formação, informação e transformação de leitores e leitoras na cidade de Iaçu, Bahia. Desse modo, a leitura do livro de contos Olhos d’água (2016) foi essencial para a prática da desconstrução do literário (Derrida, 2014) nas escolas municipais da Educação Básica. A mulher negra é invisibilizada por uma sociedade que dita padrões de beleza e comportamentos, porém, Conceição Evaristo, através dos contos, denuncia as faces das violências raciais, sendo o direito à vida uma luta incansável e contínua (Mbembe, 2016). O objetivo é divulgar as práticas transgressoras de leituras não canônicas para explorar as possibilidades de leituras para além do cânone. Formação de leitores e leitoras, investimento na literatura com protagonismo negro e quebra de preconceitos são alguns resultados obtidos dos encontros pedagógicos.</p>Elisabeth Silva de Almeida Amorim
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2022-12-192022-12-1912513910.47250/forident.v35n1.p125-139O NARRADOR E OS PERSONAGENS VAGALUMES DE MARIA VALÉRIA REZENDE
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<p>Este artigo pretende analisar a importância da personagem narradora nas obras da escritora Maria Valéria Rezende em dois de seus romances:<em> O voo da guará vermelha </em>(2014) e <em>Outros cantos</em> (2016). A escrita de Rezende está em constante diálogo com a atualidade e, mostra-se presente entre seus personagens a contação de histórias e sua relação com a precariedade da condição de trabalho e educação no Brasil. Através da análise das características dessas duas obras, percebeu-se o perfil do sujeito empático e invisibilizado pela sociedade. Para esse estudo, foi feita a ancoragem nos textos de Benjamin (1987), Deleuze e Guattari (2009), Didi-Huberman (2011).</p>Adriana Aleixo Neto
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2022-12-192022-12-1914115310.47250/forident.v35n1.p141-153