O Movimento Feminino pela Anistia e a Primavera das Mulheres no Brasil: os usos do gênero como silenciador ou potencializador de ações políticas de mulheres

Autores

  • Luana Borges Lemes
  • Mariane da Silva

Resumo

No presente artigo são analisados dois movimentos sociais protagonizados por mulheres que, apesar de terem ocorrido em contextos sociais distintos, possibilitam compreender os diferentes usos políticos das construções de gênero. A partir da aproximação entre o núcleo catarinense do Movimento Feminino pela Anistia (1975) e a Primavera das Mulheres no Brasil (2015), surgem perspectivas para vislumbrar a construção de gênero na ação política, em aspectos públicos de reivindicação de direitos, relacionadas ao papel social de mulheres, sobretudo, a maternidade. Para uma melhor compreensão acerca dos movimentos selecionados, foram realizadas entrevistas orais com as militantes do MFPA/SC e com as integrantes da plataforma Cientista Que Virou Mãe. Se no decorrer da atuação do MFPA o ser mulher, mãe e avó foi utilizado para desqualificar o caráter político do movimento, na Primavera das Mulheres há uma ressignificação dessas identificações como potencializadoras das ações políticas.
Palavras-chave: gênero, maternidade, ações políticas, história do tempo presente.

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Publicado

2020-12-28

Como Citar

Borges Lemes, L., & da Silva, M. (2020). O Movimento Feminino pela Anistia e a Primavera das Mulheres no Brasil: os usos do gênero como silenciador ou potencializador de ações políticas de mulheres. Boletim Historiar, 7(03). Recuperado de https://periodicos.ufs.br/historiar/article/view/15015