v. 9 n. 02 (2022): Abr./Jun. 2022 - Boletim Historiar

Mulher chorando (1937), de Pablo Picasso

No ar, mais uma edição do Boletim Historiar, revista avaliada com qualis A4 pela Capes, editada pelo Grupo de Estudos do Tempo Presente da Universidade Federal de Sergipe (GET/UFS/CNPq). Neste número, contamos com 7 artigos que versam sobre as variadas temáticas, como fascismo, ensino de História, educação e cotidiano da morte oitocentista, moda feminina, Plano Cruzado e Plano de Recuperação e direito penal romano.

No primeiro capítulo, nomeado Le relazioni diplomatiche fra il governo nazionalista cinese e il governo fascista italiano (1930-1943), Aurora Grelli analisa a relação entre o Partido Fascista da Itália e o Partido Nacionalista de Chiang Kai-Shek. A partir da análise de documentos diplomáticos italianos, a autora observa como Roma sempre viu a China como um potencial aliado no oriente.

A seguir, em O ensino de História por meio da produção de materiais didáticos interdisciplinares: experiências e aprendizagens no Ensino Fundamental, Karine Maria Lima Lopes e Yasmin Azevedo da Silva analisam os impactos da produção de materiais didáticos interdisciplinares no processo de ensino-aprendizagem de História, a partir da articulação de um projeto de pesquisa à atividade docente, no qual buscou-se desenvolver enfoques didáticos marcados pela interlocução entre saberes multidimensionais.

No terceiro artigo, intitulado Nos tempos da palmatória: a educação oitocentista em um capítulo de Memórias Póstumas de Brás Cubas, Danrley de Lima Santos, tomando como base um capítulo do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas (1880), de Machado de Assis, e utilizando o método indiciário de Carlo Ginzburg, analisa alguns aspectos do universo escolar brasileiro durante o século XIX.

Ainda no período oitocentista, Willames de Santana Santos discute as práticas e os símbolos da ritualística fúnebre do século XIX na cidade de São Cristóvão, estado de Sergipe. Ao longo do texto, que possui como título O cotidiano da morte oitocentista em São Cristóvão/SE e a proibição dos enterros nas igrejas (1849-1857), Willames analisa os ritos fúnebres domésticos e a preparação para a morte, a escolha das mortalhas e do local de sepultura, as missas pós-enterro, os pedidos das missas e os santos prestigiados.

Já em A moda feminina como arauta do moderno na província do Paraná: um olhar sobre a imprensa, relatos de viagem e imagens, Graciele Dellalibera Mello e Juarez José Tuchinski dos Anjos examinam, a partir de fontes como a imprensa, os relatos de viagens e as imagens produzidas no período, as representações das mulheres, presentes na moda e nos espaços por elas ocupados, a fim de demonstrar que tais aspectos eram tidos como situações modernas e civilizadas em relação a períodos anteriores na sociedade paraense oitocentista.

Em seguida, no texto intitulado Plano Cruzado e Plano de Recuperação: um estudo sobre o combate à hiperinflação em Israel e no Brasil, Karina Stange Calandrin e Gabriel Mizrahi analisam o combate à inflação em Israel e no Brasil nos anos 1980, destacando o Plano de Recuperação israelense e o Plano Real brasileiro. Por meio de fontes primárias e secundárias, Karina e Gabriel discutem os elementos de aproximação e divergência entre os planos, suas consequências e o debate de marcos teóricos na ortodoxia e heterodoxia econômica,

Por fim, no artigo Direito “penal” romano? Por uma abordagem não-anacrônica e desigual, Afrânio Henrique Pimenta Bittencourt estuda as categorias do direito “penal” romano e suas mudanças ao longo do tempo, buscando oferecer uma crítica para uma abordagem não-anacrônica e desigual.

Desejamos a todas e a todos uma ótima leitura!

As Editoras.

Imagem: Mulher chorando (1937), de Pablo Picasso

Publicado: 2022-07-01