MEMÓRIA E RESISTÊNCIA ENTRELAÇADAS: CRAZY BRAVE, DE JOY HARJO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47250/intrell.v32i1.12865

Resumo

Proponho discutir neste trabalho a interseccionalidade e o pensamento feminista, principalmente, a partir da forma como essa relação se dá no campo da literatura indígena escrita por mulheres na América do Norte, destacando o local a partir do qual esses textos são atravessados pelo gênero, raça, classe e cosmovisões diversas. A partir das discussões feministas, especialmente o feminismo negro e indígena, tendo em mente as provocações de bell hooks, Audre Lorde, Kimberlé Crenshaw, Lélia Gonzáles, Carla Akotirene, Joyce Green, entre tantas outras, aponto de que forma essa consciência quanto a um antiessencialismo radical pode desestabilizar posições no que diz respeito às mulheres e seus lugares sociais, inclusive dentro do feminismo e principalmente no texto literário Crazy Brave, de Joy Harjo.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura indígena. Joy Harjo. Interseccionalidade. Feminismo. Autobiografia

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AKOTIRENE, C. O que é interseccionalidade? Belo Horizonte: Letramento, 2018 COUSER, G. T. Memoir: an introduction. New York: Oxford UP, 2012.

FIGUEIREDO, E. Mulheres ao Espelho: autobiografia, ficção, autoficção. Rio de Janeiro: Ed UERJ, 2013.

GREEN, J. Taking account of aboriginal feminism. In: Green, Joyce (Org.), Making space for indigenous feminism. Black Point: Fernwood Publishing/Zed books, 2007, p.20-32.

HARJO, J. Crazy brave: a memoir. New York: WW Norton & Company, Inc., 2012.

OLIVEIRA, M. V. de S. Feminismo indígena. In: HOLANDA, H. B. de (Org.) Explosão feminista: arte, cultura, política e universidade. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p.301-316.

LEÓN, C. de. Joy Harjo is named Poet Laureate. The New York Times. https://www.nytimes.com/2019/06/19/books/joy-harjo-poet-laureate.html. Acesso em 14 de julho de 2019.

RIBEIRO, D. Entrevista. In: HOLANDA, H. B. de (Org.) Explosão feminista: arte, cultura, política e universidade. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p.261-299.

ST DENIS, V. Feminism is for everybody: aboriginal women, feminism and diversity IN: Green, Joyce (Org.), Making space for indigenous feminism. Black Point: Fernwood Publishing/Zed books, 2007, p.33-51.

Publicado

2020-01-05

Como Citar

SCHNEIDER, Liane. MEMÓRIA E RESISTÊNCIA ENTRELAÇADAS: CRAZY BRAVE, DE JOY HARJO. Interdisciplinar - Revista de Estudos em Língua e Literatura, São Cristóvão-SE, v. 32, n. 1, p. 45–59, 2020. DOI: 10.47250/intrell.v32i1.12865. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/interdisciplinar/article/view/12865. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

(Eco)Feminismos e intersecções