NA PONTA DO ALFINETE: UM ESTUDO SOBRE FRONTEIRA DE CORNÉLIO PENNA

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DOI:

https://doi.org/10.47250/intrell.v32i1.12873

Resumo

Comparamos três momentos paradigmáticos em Fronteira (1935), primeiro romance de Cornélio Penna (1896-1958). Maria Santa, a protagonista, e o narrador observam uma caixa de tampo de vidro contendo pequenos animais espetados por alfinetes. Esta caixa é uma metáfora da violência realizada pelos romeiros, que espetam Maria Santa também com alfinetes, e pelo narrador, que a estupra. Como os pequenos animais e Maria Santa são associados ao estranho e ao monstro, utilizamo-nos de Freud (1976), Nazário (1998), Cohen (2000) e Agamben (2010) para analisar o processo de desumanização sofrido pela protagonista e que facilitará a violência de que será vítima.

Palavras-chave: Cornélio Penna. Fronteira. Violência.

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Referências

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Publicado

2020-01-05

Como Citar

DOS SANTOS, Josalba Fabiana. NA PONTA DO ALFINETE: UM ESTUDO SOBRE FRONTEIRA DE CORNÉLIO PENNA. Interdisciplinar - Revista de Estudos em Língua e Literatura, São Cristóvão-SE, v. 32, n. 1, p. 151–166, 2020. DOI: 10.47250/intrell.v32i1.12873. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/interdisciplinar/article/view/12873. Acesso em: 16 abr. 2024.