SILÊNCIO E TRANSGRESSÃO NO CONTO DE CONCEIÇÃO EVARISTO, “MACABÉA, FLOR DE MULUNGU”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47250/intrell.v36i1.p27-38

Palavras-chave:

Literatura afro-brasileira, Silenciamento, Resistência

Resumo

O artigo em questão pretende discutir questões relacionadas ao silêncio e silenciamento das identidades pertencentes a grupos não hegemônicos da sociedade para a compreensão da capacidade de subversão que a palavra literária pode alcançar no que diz respeito à manutenção ou reversão dos estereótipos ligados a essas identidades. Assim, partiremos da leitura do conto de Conceição Evaristo, “Macabéa, flor de Mulungu” e do romance de Clarice Lispector, A hora da estrela para evidenciar o que denominamos poéticas do silêncio ora como negação, nos processos de silenciamento, e ora como transgressão, num gesto de denúncia.

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Biografia do Autor

Cristiane Côrtes, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

CÔRTES, Cristiane. Doutora em Literatura Comparada pela UFMG, professora do departamento de Linguagens, CEFET MG, campus Nepomuceno. Pesquisadora dos grupos de pesquisa GELLDIS e LLEME, CEFET MG; NEIA, UFMG. Lattes: http://lattes.cnpq.br/2327495957407220.

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Publicado

2021-11-20

Como Citar

CÔRTES, Cristiane. SILÊNCIO E TRANSGRESSÃO NO CONTO DE CONCEIÇÃO EVARISTO, “MACABÉA, FLOR DE MULUNGU”. Interdisciplinar - Revista de Estudos em Língua e Literatura, São Cristóvão-SE, v. 36, n. 1, p. 27–38, 2021. DOI: 10.47250/intrell.v36i1.p27-38. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/interdisciplinar/article/view/16766. Acesso em: 17 abr. 2024.

Edição

Seção

Literatura de autoria feminina entre revisões e enfrentamentos