ECOS DO MODERNISMO NO CINEMA ANTROPOFÁGICO DE ROGÉRIO SGANZERLA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47250/intrell.v38i1.p143-156

Palavras-chave:

Modernismo, Intersemiose, Identidade, Antropofagia

Resumo

A partir de Rocha (2011), Vieira (2013), e Xavier (2014), o presente artigo procura investigar a influência do Modernismo de Oswald de Andrade e do Regionalismo de Gilberto Freyre na obra de Rogério Sganzerla; e como esta inseriu-se no debate sobre a emancipação da situação colonial da cultura brasileira. Quer nos manifestos, quer na narrativa fílmica O Bandido da Luz Vermelha (1968), o dialogo intersemiótico com os escritores modernistas redimensionam a problemática da constituição identitária da arte brasileira ao propor antropofagia de Tradição, Região e Modernidade enquanto alternativa viável que coloca em outro diapasão a velha relação de dependência cultural dos povos descolonizados.

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Biografia do Autor

Caleb Benjamim Mendes Barbosa, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

Mestrando do PPGL/UFPE. Pesquisador bolsista CNPq.

Eduardo Melo França, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

Doutor pela UFPE; Professor de Literatura Brasileira da UFPE; Coordenador do Núcleo de Pesquisa em Literatura, Subjetividade e Forma.

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Publicado

2022-12-14

Como Citar

BARBOSA, Caleb Benjamim Mendes; FRANÇA, Eduardo Melo. ECOS DO MODERNISMO NO CINEMA ANTROPOFÁGICO DE ROGÉRIO SGANZERLA. Interdisciplinar - Revista de Estudos em Língua e Literatura, São Cristóvão-SE, v. 38, n. 1, p. 143–156, 2022. DOI: 10.47250/intrell.v38i1.p143-156. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/interdisciplinar/article/view/18434. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

As intersecções estéticas do modernismo brasileiro