A PROVA DE REDAÇÃO DO ENEM: DIVERGÊNCIAS ENTRE AS ORIENTAÇÕES PARA A PRÁTICA E AS DIRETRIZES DE AVALIAÇÃO

Autores

  • Raquel Meister Ko. Freitag

Resumo

O cenário atual da educação básica no Brasil é modelado por uma série de políticas públicas de estado, que vem sistematicamente instituindo avaliações (seletivas e diagnósticas) de larga escala, como Provinha Brasil, Prova Brasil e ENEM. Tais políticas educacionais são pautadas em diretrizes curriculares que, em muitos casos, não dialogam com as diretrizes da academia (universidades e centros de pesquisa e de formação docente), e nem entre si, configurando uma tensa relação dissonante. Neste trabalho, mostramos que a matriz de competência para avaliação da prova redação do ENEM não está em consonância com as diretrizes dadas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa e com o Programa Nacional do Livro Didático, ao cobrar norma padrão e tipificar os erros em “leves”, “médios” e “graves”, sem, no entanto, apresentar justificativas ou embasamento linguístico (seja teórico, seja empírico). Este cenário de dissonância entre academia e avaliação penaliza o estudante da escola pública, e amplia ainda mais o abismo social existente hoje no Brasil.

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Como Citar

KO. FREITAG, Raquel Meister. A PROVA DE REDAÇÃO DO ENEM: DIVERGÊNCIAS ENTRE AS ORIENTAÇÕES PARA A PRÁTICA E AS DIRETRIZES DE AVALIAÇÃO. Interdisciplinar - Revista de Estudos em Língua e Literatura, São Cristóvão-SE, v. 20, 2014. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/interdisciplinar/article/view/2858. Acesso em: 29 mar. 2024.