Interdisciplinar - Revista de Estudos em Língua e Literatura
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<p><strong>Escopo</strong>: A<strong> Interdisciplinar - Revista de estudos em língua e literatura - ISSN 1980-8879 - </strong>foi fundada em 2006, com a criação do primeiro curso de Pós-Graduação em Letras (<em>Lato Sensu</em>) do Campus de Itabaiana da UFS, com o objetivo de divulgar pesquisas interdisciplinares. Com o tempo, a revista se expandiu e passou a divulgar trabalhos de diversos Programas de Pós-Graduação (<em>Stricto Sensu</em>. O Conselho Editorial é composto por pesquisadores do Brasil, dos Estados Unidos, Portugal, Espanha e França. Os volumes são organizados em parcerias e colaborações nacionais e internacionais com dossiê e seção livre, que podem ser divididos em Estudos Literários, Estudos Linguísticos e Interdisciplinares, de acordo com a temática proposta<strong>. </strong>Tanto o Dossiê, quanto a Seção Livre recebem artigos inéditos com ênfase em estudos interdisciplinares da área dos Estudos Literários e Linguísticos. <br><strong>DOI</strong>: <a href="https://doi.org/10.47250/intrell">10.47250/intrell</a><br><strong>E-ISSN</strong>: 1980-8879 <br><strong>Qualis</strong>: A3 - <strong>Letras e Interdisciplinar <span style="font-size: 10px;">(Quadriênio 2017-2020)</span></strong></p>Carlos Magno Santospt-BRInterdisciplinar - Revista de Estudos em Língua e Literatura1980-8879Expediente
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2022-12-142022-12-143815Apresentação
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Carlos Magno GomesValter Cesar PinheiroAna Maria Leal Cardoso
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2022-12-142022-12-143871010.47250/intrell.v38i1.p7-10MODERNISMO NOS RODAPÉS POR UM “HOMEM DE 1922”: SÉRGIO MILLIET E SEUS DIÁRIOS CRÍTICOS
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<p>Este trabalho tem como objetivo analisar o modernismo a partir dos textos de rodapés dos <em>Diários Críticos</em> de Sergio Milliet. Sociólogo por formação, mas também ensaísta, poeta, tradutor e crítico de literatura e artes, Sérgio Milliet teve um papel importante, porém pouco estudado, nesse movimento. Os artigos de seus <em>Diários </em>foram objeto de nossa atenção, pois identificamos neles as referências ao modernismo, no sentido de sua participação particular, expressa em críticas ao movimento e em defesas do seu legado. Milliet se afirmava como “Homem de 1922” e compartilhou suas experiências, num diálogo constante com Mário de Andrade.</p>Renata Rufino da Silva
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2022-12-142022-12-1438112710.47250/intrell.v38i1.p11-27NOTAS SOBRE A FUNDAÇÃO LITERÁRIA ROMÂNTICA, MODERNISTA E CONTEMPORÂNEA NO BRASIL
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<p>Nesse artigo, pretendemos investigar discursos acerca da fundação de três momentos relevantes da literatura brasileira: o período do romantismo no séc. XIX, o modernismo (sobretudo na fase da geração “heroica” da década de 1920) e a literatura contemporânea (década de 1960 até os dias atuais). Teóricos como Evando Nascimento assinalam as diferentes perspectivas teóricas que vinculam dois desses momentos (romantismo e modernismo) como fundadores da literatura brasileira como um todo. E, através das discussões propostas por Tânia Pellegrini e José Miguel Wisnik, podemos compreender como esses movimentos foram atualizados historicamente no país. Mais do que apontar as obras pioneiras de cada recorte, queremos discutir sobre como intelectuais e críticos avaliam a importância e o papel de cada um desses instantes dentro da tradição nacional. Nosso breve panorama busca assinalar também como a fundação dessas tendências responde a aspectos permanentes da própria história da literatura brasileira que se renovam ao longo do tempo.</p>Rafael Senra Coelho
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2022-12-142022-12-1438294010.47250/intrell.v38i1.p29-40RAUL BOPP E CLARICE LISPECTOR: A PRESENÇA DO MITO NO MODERNISMO BRASILEIRO
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<p>O Modernismo foi um movimento revolucionário, de natureza internacional, que se instalou como símbolo importante para a criação artístico-literária. No Brasil, teve seu início com a Semana de Arte Moderna (1922), em que surgem obras que oscilam na sensibilidade da transição, muitas vezes conservando forças que persistem do passado e as que brotam do novo presente, inaugurando uma nova forma de representar as diversas culturas. O mito, instrumento de estruturação da narrativa, tornou-se próprio da estética modernista; neste sentido busca-se mostrar, neste artigo, como ocorre o processo de remitologização da serpente nas obras <em>Cobra Norato </em>e <em>Perto do coração selvagem,</em> a partir dos estudos de renomados pesquisadores tais como Elieser Mielietinski, Gilbert Durand, Carl Jung, entre outros, que defendem ser o mito a matéria basilar da criação.</p>Ana Maria Leal Cardoso
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2022-12-142022-12-1438415110.47250/intrell.v38i1.p41-51A MODERNIDADE EM HATOUM E BEN JELLOUN: DOIS IRMÃOS?
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<p>Tendo por fio condutor o viés modernista de <em>O Menino de areia</em> (do marroquino Tahar Ben Jelloun, 1985) e de <em>Relato de um certo oriente</em> (do manauara Milton Hatoum, 1989), faremos um estudo comparativo entre as obras. Com base na crítica que estuda a modernidade nos autores em questão, cotejaremos trechos dos romances e depoimentos dos autores à imprensa, a fim de revelar instigantes afinidades de premissas, estratégias e práticas literárias – inclusive por serem escritores-jornalistas, grandes leitores de Edward Saïd (1990). Auxiliam-nos, em nossa análise comparativa, estudos de Silviano Santiago (1989) e Beida Chikhi (1996), entre outros.</p>Luciana Persice Nogueira-Pretti
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2022-12-142022-12-1438536510.47250/intrell.v38i1.p53-65UMA LEITURA DA INCERTEZA EM ADOLFO CASAIS MONTEIRO
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<p>Propomos, neste trabalho, investigar o mito da busca de identidade na poesia de Adolfo Casais Monteiro. A partir de uma articulação entre mito e filosofia, nosso objetivo principal é demonstrar a manifestação de uma expressão mítica da incerteza, sobretudo em sua primeira obra, <em>Confusão</em> (1929). Considerando as diversas modulações da incerteza na obra de Casais, centramos nosso estudo no tópico do exílio para demonstrar uma fratura pressentida no tecido poético, que é anterior ao exílio físico ocasionado na década de 1950. Deste modo, a pesquisa se vale de autores como Hall e Campbell para mobilizar a questão da identidade, procurando situar a poesia de Casais Monteiro em um projeto de modernidade.</p>Rodrigo Michell Araujo
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2022-12-142022-12-1438677910.47250/intrell.v38i1.p67-79A MODERNIDADE INTERSECCIONAL NOS CONTOS DE LIMA BARRETO
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<p>Lima Barreto é até hoje apagado das discussões sobre o Modernismo e classificado como “pré-modernista”. Por isso, esta pesquisa explora o conto “Um especialista”, lendo nele um impulso modernista por incluir, em sua ficção, as margens do “progresso”, mas também parte de um olhar contemporâneo de raça e gênero. Na narrativa, Lima Barreto tematiza criticamente a objetificação de mulheres afrodiaspóricas e, por isso, o conto será discutido sob a lente teórica da interseccionalidade, fundamentada nos textos de Angela Davis, Lélia Gonzalez e Sueli Carneiro, entrelaçada à decolonialidade, a partir das obras de Frantz Fanon, Achille Mbembe e Michel Trouillot.</p>Gabriel Chagas
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2022-12-142022-12-1438819410.47250/intrell.v38i1.p81-94AMÉRICA (LATINA) EM PERSPECTIVA NA POESIA
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<p>O espaço latino-americano figura como pano de fundo em obras literárias como <em>Toda a América</em> (1926), de Ronald de Carvalho, <em>Canto</em> <em>general</em> (1950), de Pablo Neruda, e <em>Latinomérica</em> (2001), de Marcus Accioly. Na tessitura do plano histórico, há ênfase no aspecto geográfico, mormente com a menção a localidades da América Latina. Diante do exposto, este estudo, com base em Dimas (1985), Brandão (2013) e Ramalho (2013), e a partir do levantamento de alguns referentes contidos nos poemas, tem o objetivo de traçar reflexões sobre a questão da apropriação do espaço latino-americano nos poemas, de modo a chegar a um entendimento sobre a geografia do canto épico e da geografia do canto lugar como formas de validar a imbricação entre espaço e literatura.</p>Éverton de Jesus Santos
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2022-12-142022-12-14389510610.47250/intrell.v38i1.p95-106OS LAMENTOS DA GUERRA NA PERSPECTIVA DE MULHERES NA OBRA MAR ABSOLUTO, DE CECÍLIA MEIRELES
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<p>Este estudo tem como objetivo analisar os lamentos da guerra, trazidos por Cecília Meireles em seu livro <em>Mar Absoluto</em> (1945), sob uma perspectiva social e afetiva de um eu lírico feminino, diante da frustração e da dor causados pela perda de seus entes queridos. Desse modo, a partir de uma leitura mais atenta da escrita ceciliana, destacando os aspectos temáticos e formais, buscaremos perceber na composição de seus poemas, o comprometimento diante de questões femininas e políticas em torno do mundo, a citar, os males causados pela guerra. Para tanto utilizaremos as contribuições teóricas de Beauvoir (2016), Lamego (1996) Moura (2016), Silva (2022) entre outros.</p>Elionete Rodrigues Barbosa
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2022-12-142022-12-143810711810.47250/intrell.v38i1.p107-118APROXIMAÇÕES: O ENSAÍSMO LITERÁRIO DE ANTONIO CANDIDO À LUZ DE MÁRIO DE ANDRADE
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<p>À luz das especificidades do gênero ensaio, discutimos as aproximações e os contrastes possíveis entre a prática ensaística e a crítica literária de Antonio Candido e Mário de Andrade. Argumentamos que algumas características essenciais do ensaio estão presentes em importantes produções dos autores e que vão para além das simples inserções de recursos estéticos de linguagem aos procedimentos de análise crítica. Procuramos evidenciar que o caráter ensaístico da crítica literária de Antonio Candido, especialmente, provém de uma extensa e sinuosa tradição que, no Brasil, começa a tomar força no romantismo e se consolida no modernismo, com lugar de destaque para a produção de um dos seus maiores intelectuais: o poeta e, também, crítico literário Mário de Andrade.</p>Vinícius Victor A. Barros
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2022-12-142022-12-143811913010.47250/intrell.v38i1.p119-130OS MACOBEBAS E O MACUNAÍMA DE JOAQUIM CARDOZO
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<p>Na peça “Marechal, boi de carro” (1975), Joaquim Cardozo apresenta a localidade de Muribeca completamente destruída pelos macobebas, seres caracterizados, principalmente, pelo seu caráter destrutivo. Dessa maneira, o monstro Macobeba, personagem originalmente criado por Júlio Bello, dá origem a um grupo de criaturas, sem que o seu criador seja sequer mencionado na trama – diferentemente do que acontece com Macunaíma. Na mesma peça, ao contar uma cena de convívio com este, um personagem fala que ele era o mesmo do livro de Mário de Andrade. Assim, contrastaremos aqui o modo como Macobeba e Macunaíma, figuras centrais do Modernismo brasileiro, são refigurados na peça, bem como refletiremos acerca das diferenças nos modos de reelaboração dos mesmos. Para realizar tal análise, um estudo comparativo entre os personagens mencionados, mobilizaremos conceitos que compõem uma reflexão contemporânea sobre o estudo das personagens, como, por exemplo, o conceito de refiguração, tal como concebido por Carlos Reis.</p>Thayane Verçosa
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2022-12-142022-12-143813114210.47250/intrell.v38i1.p131-142ECOS DO MODERNISMO NO CINEMA ANTROPOFÁGICO DE ROGÉRIO SGANZERLA
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<p>A partir de Rocha (2011), Vieira (2013), e Xavier (2014), o presente artigo procura investigar a influência do Modernismo de Oswald de Andrade e do Regionalismo de Gilberto Freyre na obra de Rogério Sganzerla; e como esta inseriu-se no debate sobre a emancipação da situação colonial da cultura brasileira. Quer nos manifestos, quer na narrativa fílmica <em>O Bandido da Luz Vermelha</em> (1968), o dialogo intersemiótico com os escritores modernistas redimensionam a problemática da constituição identitária da arte brasileira ao propor antropofagia de Tradição, Região e Modernidade enquanto alternativa viável que coloca em outro diapasão a velha relação de dependência cultural dos povos descolonizados.</p>Caleb Benjamim Mendes BarbosaEduardo Melo França
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2022-12-142022-12-143814315610.47250/intrell.v38i1.p143-156O REGIONALISMO E SUAS ESTÓRIAS
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<p>A publicação póstuma de <em>Estas estórias</em>, de Guimarães Rosa, em 1969 convoca a crítica literária a repensar a possível permanência do regionalismo na segunda metade do século XX quando se sabe que essa vertente ficcional já se encontrava esgotada na década de 1940. Com efeito, partindo do conceito de “super-regionalismo” cunhado por Antonio Candido, bem como do trabalho poético com a palavra, pretende-se apresentar aspectos característicos da ficção rosiana em três narrativas de <em>Estas estórias</em>: “Bicho mau”, “Retábulo de São Nunca” e “O dar das pedras brilhantes”. As estórias estariam, pois, atravessadas de um <em>modus operandi </em>resultante do princípio poético do autor, suscitando a singularidade do seu regionalismo.</p>João Paulo Santos SilvaAfonso Henrique Fávero
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2022-12-142022-12-143815716610.47250/intrell.v38i1.p157-166