A etnografia visual como instrumento de preservação e representatividade das mulheres indígenas

Autores

  • Gustavo Batista Gregio Doutorando, Universidade Estadual de Maringá
  • Sandra de Cássia Araujo Pelegrini Docente do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual de Maringá.

Resumo

Este artigo busca apresentar algumas reflexões e discussões acerca do registro visual etnográfico como instrumento de representatividade das mulheres indígenas xinguanas, as quais a partir da produção visual, se tornaram interlocutoras de suas comunidades e guardiãs de suas memórias e práticas culturais. Essas obras audiovisuais se tornaram importantes fontes de ensino e pesquisa dentro das Ciências Humanas, em disciplinas como a Antropologia e a História, especialmente após o advento do século XXI.

Palavras-chave: Registro visual; Etnografia; Mulheres indígenas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gustavo Batista Gregio, Doutorando, Universidade Estadual de Maringá

Doutorando em História, pelo Programa de Pós-Graduação em História - PPH, da Universidade Estadual de Maringá.

Membro pesquisador do Centro de Estudos das Artes e do Patrimônio Cultural (CEAPAC/UEM).

Sandra de Cássia Araujo Pelegrini, Docente do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual de Maringá.

Pós-doutora em Patrimônio Cultural pela Universidade Estadual de Campinas.

Coordenadora do Museu Bacia do Paraná (MBP) e do Centro de Estudos da Arte e do Patrimônio Cultural (CEAPAC) da Universidade Estadual de Maringá.

Referências

BRIGARD, Emilie. Historique du Film Ethnographique. In. FRANCE, Claudine. Cahiers de l’Homme, pour une anthropologie visuelle. Paris : Mouton, 1979, p. 21-51.

CARDOSO, Vânia Z. Narrar o mundo: estórias do “povo da rua” e a narração do imprevisível. Mana, Rio de Janeiro, vol. 13, n. 2, p. 317-345, 2007.

COMOLLI, Jean-Louis. Ver e Poder – A inocência perdida: o cinema, televisão, ficção, documentário. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.

DAMAS, Vandimar Marques. “Eu já me tornei imagem”: A relação do vídeo e a fotografia com o xamanismo, canibalismo e feitiçaria. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Cultura Visual, da Universidade Federal de Goiás, 2011.

FRANCE, Claudine. Cinema e antropologia. Campinas: Editora da Unicamp, 1998.

GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1989.

GOFFMAN, Erving. A representação do eu na vida cotidiana. 18° edição. Petrópolis: Vozes, 2011.

Hikiji, Rose Satiko Gitirana. A música e o risco: etnografia da performance de crianças e jovens. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006.

LAJOUX, Jean-Dominique. L’ethnologue et la caméra. La Recherche, Paris, vol. 1, n. 4, p. 327-334, 1970.

MACDOUGALL, David. Mas afinal, existe realmente uma antropologia visual? Catálogo da Mostra Internacional do Filme Etnográfico. Rio de Janeiro, p. 71-75, 1994.

NICHOLS, Bill. Introdução ao documentário. Campinas: Papirus, 2005.

NOVAES, Sylvia Caiuby. Quando os cineastas são índios. Revista de Cinema, São Paulo, 2000.

______________________. Imagem, Magia e Imaginação: Desafios ao texto antropológico. Mana, Rio de Janeiro, vol. 14, n. 2, p. 455-475, 2008.

PEIXOTO, Clarice Ehlers. Antropologia e Filme Etnográfico: Um Travelling no Cenário Literário da Antropologia Visual. Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, Rio de janeiro, n. 48, p. 91-115, 1999.

RUBY, Jay. Visual Anthropology. In. LEVINSON, David; EMBER, Melvin. Encyclopedia of Cultural Anthropology. New York: Henry Holt and Company, 1996, p. 1345-1351.

RIBEIRO, José da Silva. Antropologia visual, práticas antigas e novas perspectivas de investigação. Revista de Antropologia, São Paulo, vol. 48, n. 2. p. 613-648, 2005.

WEINBERGER, Eliot. The Camera People. In. TAYLOR, Lucien. Visualizing Theory. New York and London: Routledge, 1994, p. 03-26.

Downloads

Publicado

2018-03-05

Como Citar

GREGIO, Gustavo Batista; PELEGRINI, Sandra de Cássia Araujo. A etnografia visual como instrumento de preservação e representatividade das mulheres indígenas. Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura, São Cristóvão, v. 11, n. 21, p. 3–18, 2018. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/pontadelanca/article/view/8013. Acesso em: 21 maio. 2024.