Cangaceiras em um Click: Imagens e Representações do Feminino no Cangaço

Autores

  • Caroline de Araújo Lima Universidade do Estado da Bahia

Resumo

A partir do debate sobre habitus, crítica genealógica de gênero, constituição do ser mulher e do feminino e das experiências do corpo objetificado, propõe-se analisar imagens das mulheres que atuaram no cangaço evidenciando as contradições do que foi constituído como “mulher” e “feminino”, e como a leitura binária do corpo justificou a marginalização das cangaceiras. Propõe-se apresentar breve discussão teórica, somada aos debates de Foucault (1987), para identificarmos a partir da constituição do feminino e da representação da mulher a elaboração de um corpo dócil, e como ele se apresentou nas imagens analisadas (fotografias da década de 1930) problematizando um possível rompimento desse modelo com a presença das mulheres nos bandos de cangaceiros, e se isso foi suficiente para romper com habitus mulher.

Palavras-chaves: Cangaceiras, Corpo, Representação Social, Fotografia. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Caroline de Araújo Lima, Universidade do Estado da Bahia

Doutoranda em Ciências Sociais pela UFBA. Professora Assistente da UNEB, lotada no Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias-Campus XVIII, Docente do Curso de História, na aréa de Brasil e Bahia República, História da Arte brasileira.

Referências

ARAÚJO, Antonio Amaury C. Lampião: as mulheres e o cangaço. São Paulo: Traço Editora, 1985.

BOURDIEU, Pierre. A Dominação Masculina. 2º Ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.

_______. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 2007.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013,

COLLING, Ana. O corpo que os gregos inventaram. Artigo. Ijuí, 2002.

DURKHEIM, E. Lições de sociologia: a moral, o direito e o Estado. São Paulo, T. A. Queiroz/USP, 1983.

FALCI, Miridan Knox. Mulheres do Sertão Nordestino. In: DEL PRIORI, Mary (Org.). História das Mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2007.

FOUCAULT, Michael. Os Anormais. Curso no College de France (1974-1975). Trad. Eduardo Brandão. São Paulo: WMF Martin Fontes, 2010.

_________. A Ordem do Discurso. Edições Loyola. São Paulo 2013.

_________. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 1987.

FREITAS, Ana Paula Saraiva de. A presença Feminina no Cangaço: Práticas e Representações (1930-1940). Dissertação (Mestrado em História). Assis-SP: UNESP, 2005.

QUEIROZ, Maria Isaura Pereira de. História do Cangaço: História Popular. 4º edição. São Paulo: Global, 1991.

SCOTT, Joan. Gênero. “Uma categoria útil de análise histórica”. In: Educação e Realidade. Porto Alegre, n. 16, julho/dezembro de 1990.

LAURETIS, Terea de. A Tecnologia de gênero. In: Technologies of gender. 1987.

MELLO, Frederico Pernambucano de. Guerreiros do Sol: violência e banditismo no Nordeste do Brasil. São Paulo: A Girafa, 2004.

SWAIN, Tania Navarro. Meu corpo é um útero? Reflexões sobre a procriação e a maternidade. In: http://www.tanianavarroswain.com.br/chapitres/bresil/utero.htm.

Downloads

Publicado

2018-07-28

Como Citar

LIMA, Caroline de Araújo. Cangaceiras em um Click: Imagens e Representações do Feminino no Cangaço. Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura, São Cristóvão, v. 12, n. 22, p. 107–123, 2018. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/pontadelanca/article/view/9160. Acesso em: 13 maio. 2024.