Céu como pintura? Sobre o emprego de διαζωγράφω no passo 55c do Timeu de Platão

Authors

  • Lethicia Ouro Oliveira Colégio Pedro II, PUC-Rio

DOI:

https://doi.org/10.52052/issn.2176-5960.pro.v8i17.3511

Abstract

No mito cosmogônico do diálogo Timeu de Platão, o personagem homônimo narra como um deus artesão confecciona o universo. Dentre outras artes empregadas, o artesão do mundo utiliza-se da pictórica. Platão emprega o verbo διαζωγράφω, que pode significar tanto “configurar” quanto “pintar”, quando fala da formação do céu. O artesão do mundo o configura na forma de um poliedro regular, o dodecaedro, e pinta nele as constelações. Em nosso texto buscaremos primeiramente esclarecer o sentido geral desta “configuração pictórica”. O que Platão quer dizer nesta passagem do mito? Buscando tal esclarecimento, teremos o embasamento para pesquisar por que quando trata da formação das constelações, do céu, ele usa a imagem da pintura, objetivo central desta investigação. Por meio da análise de algumas hipóteses interpretativas, indicaremos direcionamentos de leitura que transparecem seu pensamento sobre o caráter da μίμησις pictórica e, além disso, de sua própria cosmologia.

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Author Biography

Lethicia Ouro Oliveira, Colégio Pedro II, PUC-Rio

Professora do Departamento de Filosofia do Colégio Pedro II. Doutoranda em Filosofia pela PUC-Rio. Mestre em Filosofia pelo PPGF - UFRJ. Bacharel em Filosofia pelo IFCS - UFRJ.

Published

2015-04-18

How to Cite

Oliveira, L. O. (2015). Céu como pintura? Sobre o emprego de διαζωγράφω no passo 55c do Timeu de Platão. Prometheus - Journal of Philosophy, 8(17). https://doi.org/10.52052/issn.2176-5960.pro.v8i17.3511

Issue

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Original Articles