A CENA TESTEMUNHAL NA NOÇÃO DERRIDIANA DE TRADUÇÃO

Authors

  • Aryadne Bezerra de Araújo Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) Mestra pelo PPG em Letras: Linguagens e Representações
  • Zelina Márcia Pereira Beato

DOI:

https://doi.org/10.52052/issn.2176-5960.pro.v10i24.7178

Abstract

Propomos traçar um paralelo entre tradução e testemunho, a partir das contribuições que Jacques Derrida legou a ambos os campos da linguagem. Na perspectiva desconstrutivista, a tradução, tema caro ao pensamento derridiano, acontece no limite impreciso entre a sua impossibilidade e a sua necessidade. Essa aporia tradutória atravessa as leituras do filósofo acerca do gesto testemunhal. Como afirma em Demeure (2000), ao apresentar-se como único sujeito a presenciar uma verdade, a testemunha recusa a traduzibilidade e a possibilidade a ela atrelada de proliferação de sentidos. Contudo, Derrida (1992, 2000) argumenta que o testemunho só tem valor quando é traduzível, iterável e, assim, comunicável. A testemunha luta com a língua para traduzir uma verdade, tentando escapar da inevitável disseminação de sentidos. Pretendemos discutir que tal condição aporética é testemunhada pelo tradutor em sua tarefa.

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Author Biography

Zelina Márcia Pereira Beato

Profa.titular do Departamento de Letras e Artes e do PPG em Letras: Linguagens e Representações
na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)
Doutora

Published

2017-09-07

How to Cite

de Araújo, A. B., & Beato, Z. M. P. (2017). A CENA TESTEMUNHAL NA NOÇÃO DERRIDIANA DE TRADUÇÃO. Prometheus - Journal of Philosophy, 10(24). https://doi.org/10.52052/issn.2176-5960.pro.v10i24.7178

Issue

Section

Dossiê Semana de Filosofia da Linguagem - GEFILUFS