LETTRES PORTUGAISES TRADUITES EN FRANÇAIS (1669): A CRÍTICA OITOCENTISTA E OS ESTUDOS RETÓRICOS E POÉTICOS
DOI:
https://doi.org/10.32748/revec.v4i12.12275Resumo
O presente artigo visa trazer à luz a fortuna crítica oitocentista da narrativa epistolar
Lettres Portugaises Traduites en Français (1669), contraposta à perspectiva retórico-
poética do século XVII. Essa obra é composta por cinco epístolas que figuram
e relatam, com intensa carga dramática, a paixão vivida por uma freira portuguesa,
de nome Mariana, e um oficial francês que serviu em território luso. Em razão da
visão difundida pela crítica oitocentista ou romântica, as figuras da suposta autora
e de sua personagem passaram a fazer parte do imaginário do leitor, de modo que
ainda hoje a obra é lida como documento “real”. Em contrapartida, a ótica seiscentista
parte do princípio que essas práticas letradas mimetizam os autores antigos
gregos e latinos, moldando-se a partir deles. Essa linha de estudos retórico-poéticos
busca afastar análises embasadas em supostos dados biográficos, observando a obra
a partir de seu contexto de produção, da noção de gênero e tentando compreendê-
-la como parte das letras seiscentistas, sendo composta, portanto, de acordo com os
preceitos retórico-poéticos antigos e modernos vigentes no século XVII. Este artigo
apoia-se em autores como Hansen (1995; 2013; 2017), Carvalho (2007), Augusto
(1996) e Amora (2008), para sua composição teórica.
Palavras-chave: Lettres Portugaises; crítica oitocentista; letras seiscentistas
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