PREDITORES DO GRAU DE CONHECIMENTO SOBRE HIPERTENSÃO ARTERIAL EM PACIENTES ATENDIDOS PELO HIPERDIA DE LAGARTO-SE

Authors

  • Thaynara Santos de OLIVEIRA
  • Fernanda Machado OLIVEIRA
  • Flávia de ALMEIDA
  • Ana Carolina JANDOTTI
  • Mirian Ueda YAMAGUCHI
  • Edivan Rodrigo de Paula RAMOS Universidade Federal de Sergipe

Keywords:

Teste de Batalla, adesão a terapia, medicamentos antihipertensivos

Abstract

Sabendo que o nível de conhecimento de um paciente hipertenso sobre a sua doença influencia o grau de adesão deste paciente à terapia farmacológica, este trabalho determinou os preditores relacionados ao conhecimento de hipertensos sobre a hipertensão arterial. Os dados foram obtidos após entrevista de 228 hipertensos atendidos pelo HIPERDIA de Lagarto-SE. Coletou-se informações sobre variáveis sóciodemográficas, econômicas, relacionadas ao estilo de vida, patológicas e farmacoterapêuticas (questionário estruturado) e sobre o nível de conhecimento dos pacientes em relação à hipertensão (Teste de Batalla). Os resultados foram analisados estatisticamente pelo teste Exato de Fisher e teste do Qui-quadrado (p<0,05*). A prevalência de adesão a terapia farmacológica foi de 72,4% (n=165) e foi significativamente maior entre os hipertensos do gênero feminino (p=0,002*), com faixa etária inferior a 50 anos (p=0,011*) e negros ou pardos (p=0,001*). A maioria dos entrevistados relatou um estilo de vida favorável ao controle da pressão arterial com prática regulares de atividade física, não consumo de álcool e cigarro e restrições dietéticas. Porém, os pacientes que relataram fumar e ingerir bebidas alcóolicas apresentaram menor adesão a terapia farmacológica (p=0,006* e p=0,0004*, respectivamente). Os hipertensos com histórico familiar de doenças cardiovasculares e/ou diabetes foram menos aderentes a terapia (p=0,037*). Os fármacos anti-hipertensivos mais usados foram a losartana e os inibidores da ECA sendo que os pacientes em monoterapia tiveram maior prevalência de não adesão (p=0,019*). Por fim, os pacientes que relataram esquecer de tomar o medicamento ao menos uma vez por semana apresentaram uma prevalência significativamente maior de não adesão a terapia em relação aqueles que não esquecem (p<0,0001*). Apesar do satisfatório nível de conhecimento dos hipertensos em relação a sua doença, detectou-se que fatores como gênero, faixa etária, raça, consumo de álcool/fumo e uso de um único medicamento foram preditores para menor adesão a terapia farmacológica.

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Published

2016-07-07

Issue

Section

Artigo