Olhares ambientais na 6ª Feira de Ciências da Bahia:
antropofagias e desterritorializações em tempos de pandemia
DOI:
https://doi.org/10.47401/revisea.v9i1.13603Palavras-chave:
Educação Ambiental, Feiras de Ciências, Interculturalidade, PandemiaResumo
Neste tecido textual se propõem desterritorializações desde uma perspectiva ambiental, conceituada segundo autores que agenciam epistemologias inSURgentes como Marcos Reigota, Enrique Leff e Felix Guattari. A referida perspectiva foi cartografada nas narrativas de jovens estudantes participantes na VI Feira de Ciências do Estado da Bahia, ocorrida em novembro de 2017. Na discussão, destaca-se como os dispositivos de interculturalidade antropofágica, tradução intercultural, transdisciplinaridade e agência política se abrem como interstícios para o desenvolvimento de uma Educação Científica Ambientalmente Dirigida. Uma perspectiva de educação que tem sido construida a partir das contribuições de diversas epistemologias contra-hegemônicas emergentes desde o Sul Global, e que nestes momentos se projeta a partir dos silêncios, lacunas, vazios e incertezas dos tempos da pandemia, para se tornar potência e possibilidade de escolas geradoras de futuros pós-pandêmicos sustentáveis.
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