Reinventando a ecopedagogia

Patriarcado, modernidade e capitalismo

Autores

  • Ivo Dickmann Universidade Comunitária da Região de Chapecó - Unochapecó

DOI:

https://doi.org/10.47401/revisea.v9i1.18105

Palavras-chave:

Educação Ambiental, Ecopedagogy, Critical Education

Resumo

Esta pesquisa trata da relação entre Educação Ambiental (EA) e Ecopedagogia, suas origens e trajetórias, como se articulam pedagógica e politicamente em seus contextos para estabelecer suas aproximações e distanciamentos em relação com a perspectiva crítica da Educação. A questão que move essa reflexão é: quais são as aproximações e distanciamentos entre a EA e a Ecopedagogia e como elas se constituem como campos distintos de conhecimentos e práticas educativas? O objetivo é estabelecer as fronteiras de ambas e suas intersecções de modo a distingui-las, estabelecendo novos horizontes para a Ecopedagogia. Primeiramente se estabeleceram os referenciais teórico-práticos de cada uma individualmente; posteriormente construiu-se um quadro sinótico com as respectivas características e, por fim, delimitaram-se as fronteiras, intersecções e distanciamentos, construindo um conjunto de indicações propositivas para a reinvenção da Ecopedagogia e as grandes questões na atualidade: superação patriarcado, do pensamento moderno e do capitalismo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ivo Dickmann, Universidade Comunitária da Região de Chapecó - Unochapecó

Professor Titular do Programa de Pós-Graduação em Educação e do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - Unochapecó. Pós-doutor em Educação (Uninove). Doutor e Mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Bacharel em Filosofia (IFIBE). 

Referências

ACSELRAD, H.; HERCULANO, S.; PÁDUA, J. A. (Orgs.). Justiça ambiental e cidadania. Rio de Janeiro: RelumeDumará: Fundação Ford, 2004.

ADORNO, T. Educação e Emancipação. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1995.

ANTUNES, R. O privilégio da servidão: o novo proletariado de serviço da era digital. São Paulo: Boitempo, 2018.

ARRUZZA, C.; BHATTACHARYA, T.; FRASER, N. Feminismo para os 99%: um manifesto. São Paulo: Boitempo Editorial, 2019.

BACON, F. Novumorganum. Acrópoles, 2002.

BERTOLUCCI, D.; MACHADO, J.; SANTANA, L. C. Educação ambiental ou educações ambientais? As adjetivações da educação ambiental brasileira. REMEA, Rio Grande, v. 15, 2005.

BOFF, L. Saber cuidar: ética do humano, compaixão pela terra. Petrópolis: Vozes, 1999.

BOFF, l. Ecologia: grito da Terra, grito dos pobres. Rio de Janeiro: Sextante, 2004.

CÉSAIRE, A. Discurso sobre o colonialismo. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2010.

COMTE, A. Discurso preliminar sobre o Espírito Positivo. 2011. Disponível em: https://pt.book4you.org/book/4943811/b86ffc Acesso em: 02. Nov. 2021.

CUNHA, R.V. Humanos de negócios. Belo Horizonte: Voo, 2020.

DESCARTES, R. Discurso do método. São Paulo: Martin Claret, 2000.

DICKMANN, I. (Org.). Cooperativismo e economia solidária: mapeamento de experiências. Chapecó: Ação Cultural, 2014.

DICKMANN, I.; CARNEIRO, S. M. M. Educação Ambiental Freiriana. Chapecó: Livrologia, 2021. (Coleção Paulo Freire; 05).

FANON, F. Os condenados da terra. Juiz de Fora: UFJF, 2005.

FASSBINDER, S. D.; NOCELLA, A. J.; KAHN, R. Greening the academy: ecopedagogy through the liberal arts.Rotterdam: Sense Publishers, 2012.

FOSTER, J. B. The vulnerable planet: a short economic history of the environment. New York: Monthly Review Press, 1999.

FOSTER, J. B. Ecology against capitalism. New York: Monthly Review Press, 2002.

FOSTER, J. B. A ecologia de Marx: materialismo e natureza. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.

FUNK, M. Caiu do céu: o promissor negócio do aquecimento global. São Paulo: Três Estrelas, 2016.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 37 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004.

FREIRE, P. Pedagogia da esperança: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido. 12 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.

GADOTTI, M. Pedagogia da Terra. 3 ed. São Paulo: Fundação Peirópolis, 2000.

GADOTTI, M. Pedagogia da Terra: Ecopedagogia e educação sustentável. In.: TORRES, C. A. (Org.). Paulo Freire e a agenda da educação latino-americana no séc. XXI. Buenos Aires: CLACSO, 2001.

GADOTTI, M. A Carta da Terra na educação. São Paulo: IPF, 2010.

GADOTTI, M. Cidadania planetária. In.: GUTIÉRREZ, F.; PRADO, C. Ecopedagogia e cidadania planetária. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2013.

GUTIÉRREZ, F.; PRADO, C. Ecopedagogia e cidadania planetária. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2013.

HOOKS, B. Ensinando a transgredir: educação como prática da liberdade. São Paulo: Martins Fontes, 2013.

KAHN, R. V. Critical pedagogy, ecoliteracy, and planetary crisis: the ecopedagogy movement. New York: Peter Lang, 2010.

KOTLER, P.; HESSEKIEL, D.; LEE, N. R. Boas ações: uma nova abordagem empresarial. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

LAYRARGUES, P. P.; LIMA, G. F. C. As macrotendências político-pedagógicas da Educação Ambiental brasileira. Ambiente e Sociedade, São Paulo, v. 17, n. 1, 2014.

LERNER, G. A criação do patriarcado: história da opressão das mulheres pelos homens. São Paulo: Cultrix, 2019.

LOUREIRO, C. F. B. Trajetória e fundamentos da Educação Ambiental. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2009.

LOUREIRO, C. F. B. Aspectos históricos, epistemológicos e ontológicos da Educação Ambiental Crítica. In.: RODRIGUES, D. G.; SAHEB, D. (Orgs.). Investigações em Educação Ambiental. Curitiba: CRV, 2018.

LÖWY, M. O que é ecossocialismo. São Paulo: Cortez, 2014.

MACIEL, C. Patrimônio dos 26 mais ricos do mundo equivale ao da metade mais pobre: o dado foi divulgado pela organização Oxfam. Publicado em 21/01/2019. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2019-01/patrimonio-dos-26-mais-ricos-do-mundo-e-igual-ao-da-metade-mais-pobre Acesso em: 17 nov. 2021.

MACKEY, J.; SISODIA, R. Capitalismo consciente: como libertar o espírito heroico dos negócios. Rio de Janeiro: Alta Books, 2018.

MARX, K. O capital: livro 1. 3 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1975.

MARX, K.; ENGELS, F. A ideologia alemã. São Paulo: Expressão Popular, 2009.

MBEMBE, A. Crítica da razão negra. 2 ed. Lisboa: Antígona, 2017.

MYCOSKIE, B. Comece algo que faça a diferença. Belo Horizonte: Voo, 2014.

NEWTON, I. Principia: princípios matemáticos de filosofia natural. São Paulo: EDUSP, 2016.

OLIVEIRA, M. S. et al. O conceito de Ecopedagogia:um estudo a partir dos artigos de revistas de Educação Ambiental. REMEA, Rio Grande, v. 38 n. 1, p. 266-289, jan./abr., 2021. DOI: https://doi.org/10.14295/remea.v38i1.11279

PRADO ROJAS, Cruz. Ecopedagogía: hacia una CUIdadanía planetaria. 2020. (prelo).

PRAHALAD, C. K. A riqueza na base da pirâmide: como erradicar a pobreza com o lucro. Porto Alegre: Bookman, 2005.

RUIZ-PEÑALVER, S. M. et al. La ecopedagogía en cuestión: una revisión bibliográfica. Contextos Educativos, v. 28, p. 183-201, 2021.

SAFFIOTI, H. Gênero, patriarcado e violência. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004.

SANDEL, M. J. O que o dinheiro não compra: os limites morais do mercado. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012.

SAUVÉ, L. Educação ambiental:possibilidades e limitações. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 02, p. 317-322, maio/ago., 2005.

SLEE, T. Uberização: a nova onda do trabalho precarizado. São Paulo: Elefante, 2017.

STAMOS, D. N. A evolução e os grandes temas: sexo raça, religião e outras questões. São Paulo: Loyola, 2011.

TRIGUEIRO, A. Cidades e soluções: como construir uma sociedade sustentável. Rio de Janeiro: LeYa, 2017.

YUNUS, M. O banqueiro dos pobres. São Paulo: Ática, 2000.

YUNUS, M. Criando um negócio social. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010

Downloads

Publicado

07.09.2022

Como Citar

Ivo Dickmann. (2022). Reinventando a ecopedagogia: Patriarcado, modernidade e capitalismo. Revista Sergipana De Educação Ambiental, 9(1), 1–16. https://doi.org/10.47401/revisea.v9i1.18105

Edição

Seção

Paulo Freire e Educação Ambiental