Os espectadores e suas crenças para ajudar as vítimas em situações de bullying

Autores

  • Raul Alves de Souza São Paulo State University, Araraquara, São Paulo, Brazil.
  • Luciene Regina Paulino Tognetta São Paulo State University, Araraquara, São Paulo, Brazil.

DOI:

https://doi.org/10.20952/revtee.v15i34.17926

Palavras-chave:

Bullying, Equipes de ajuda, Espectadores, Autoeficácia

Resumo

O bullying é um tipo de violência que se manifesta como comportamento indesejado e agressivo, intencional entre pares e que se repetem ao longo do tempo. As Equipes de Ajuda (EA’s) são grupos de alunos preparados a oferecer estratégias e saídas para os problemas que afligem a convivência diária de crianças e adolescentes nas escolas. A presente pesquisa apresenta caráter exploratório, de natureza quantitativa, e buscou comparar as diferenças percebidas nas crenças de autoeficácia para a ajuda em situações de bullying entre adolescentes em escolas que possuem as EA’s implantadas e nas que não as possuem. E ainda comparar as crenças de Autoeficácia para ajudar entre participantes das EA’s e não participantes. Participam da pesquisa 2.403 alunos distribuídos em dois grupos: 1.301 alunos de escolas privadas que possuem as EA’s e 1.102 alunos de escolas que não há tal proposta. Os resultados apontam que as crenças para ajudar atingiram índices menores em escolas que possuem os SAI implantados. Tal fato se dá pelo aumento da percepção da complexidade do fenômeno, o que não existe, em escolas que não têm o trabalho desenvolvido.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Raul Alves de Souza, São Paulo State University, Araraquara, São Paulo, Brazil.

Luciene Regina Paulino Tognetta, São Paulo State University, Araraquara, São Paulo, Brazil.

Referências

Almeida, A. M., Correia, I., & Marinho, S. (2010). Moral disengagement, normative beliefs of peer group, and attitudes regarding roles in bullying. Journal of School Violence, 9(1), 23-36. https://doi.org/10.1080/15388220903185639

Atlas, R., & Pepler, D. (1998). Observations of bullying in the classroom. Journal of Educational Research, 1(92), 86-99. https://doi.org/10.1080/00220679809597580

Avilés, J. M. M. (2006). Diferencias de atribuición causal em el bullying entre sus protagonistas. Revista electrónica de investigación psicoeducativa, 4(9), 201-220.

Avilés, J. M. M. (2012). Prevención del maltrato entre iguales a través de la educación moral. Revista de Investigación em Psicología, 15(1), 17-31. https://doi.org/10.15381/rinvp.v15i1.2564

Avilés, J. M. M. (2013) Bullying: guia para educadores. Campinas, SP: Mercado das Letras.

Avilés, J. M. M. (2017). Os sistemas de apoio entre iguais (SAI) e sua contribuição para a coexistência escolar. Inovação Educacional, 27(1), 5-18. http://dx.doi.org/10.15304/ie.27.4278

Avilés, J. M. M., Torres, V. N., & Vián, M. V. (2008). Equipos de Ayuda, Maltrato Entre Iguales y Convivencia Escolar. Revista eletrônica de Investigación Psicoeducativa, 6(3), 863-886.

Bandura, A. (1997). Self-efficacy: the exercise of control. Local: Worth Publishers.

Bland, M., & Altman, D. (1997). Statistics notes: Cronbach’s alpha. British Medical Journal, 314(7080), e572. https://doi.org/10.1136/bmj.314.7080.572

Boulton, M.; Underwood, K. (1992). Bully/victim problems among middle school children. British Journal of Educational Psychology, 62, 73-87. https://psycnet.apa.org/doi/10.1111/j.2044-8279.1992.tb01000.x

Brasil. (1996). Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União: Seção 1, Brasília, DF, n. 248, p. 27833, 23 dez. 1996. PL 1258/1988

Caravita, S., Di Blasio, P., & Salmivalli, C. (2008). Unique and interactive effects of empathy and social status on involvement in bullying. Social development, 18(1), 140-163. http://dx.doi.org/10.1111/j.1467-9507.2008.00465.x

Cook, C. et al. (2010). Predictors of bullying and victimization in childhood and adolescence: a meta-analytic investigation. School Psychology, 25, 65-83. https://psycnet.apa.org/doi/10.1037/a0020149

Correa, W. et al. (2016). Escala de autoeficácia para interromper agressão social. (texto não publicado).

Cowie, H. et al. (2004). Emotional health and well-being: a practical guide for schools. Londres, Reino Unido: Sage. DOI: http://dx.doi.org/10.4135/9781446215647

Cowie, H. (2011). Peer Support as an Intervention to counteract school Bullying: Listen to the Children. Children and Society, 25(4), 255-257. https://doi.org/10.1111/j.1099-0860.2011.00381.x

Cowie, H. (2014). Understanding the role of bystanders and peer support in school bullying. International Journal of Emotional Education, 6(1), 26-32.

Cowie, H., & Fernández, J. (2006). Peer support in school: implementation and challenges. Electronic Journal of Research in Educational Psychology, 4(2), 291-310.

Cowie, H., & Jennifer, D. (2007). Managing violence in schools. A whole-school approach to best practice. Londres, Reino Unido: Paul Chapman Educational Publishing. DOI: http://dx.doi.org/10.4135/9781446214558

Dempsey J., Fireman, G., & Wang, E. (2006). Transitioning Out of Peer Victimization in School Children: Gender and Behavioral Characteristics. Journal of Psychopathology and Behavioral Assessment, 28(4), 271-280. http://doi.org/10.1007/s10862-005-9014-5

Gasser, L., & Keller, M. (2009). Are the competent the morally good? Perspective taking and moral motivation of children involved in bullying. Social Development, 18, 798–816. https://psycnet.apa.org/doi/10.1111/j.1467-9507.2008.00516.x

Gini, G. (2006). Social cognition and moral cognition in bullying: What’s wrong? Aggressive behavior, 32(6), 528-539. http://dx.doi.org/10.1002/ab.20153

Gini, G., Pozzoli, T., & Hauser, M. (2011). Bullies have enhanced moral competence to judge relative to victims, but lack moral compassion. Personality and Individual Differences, 50(5), 603-608. http://dx.doi.org/10.1016/j.paid.2010.12.002

Gini, G. (2008). The role of bystanders in students' perception of bullying and sense of safety. Journal of School Psychology, 46(6), 617-638. https://doi.org/10.1016/j.jsp.2008.02.001

Hair, J., Anderson, R., Tatham, R., & Black, W. (2005). Análise multivariada de dados. 5. ed. Porto Alegre, RS: Bookman.

Keltner, D., Gruenfeld, D., & Anderson, C. (2003). Power, approach, and inhibition. Psychological Review, 110(2), 265-284. https://psycnet.apa.org/doi/10.1037/0033-295X.110.2.265

Livingstone, S. et al. (2011). Risks and safety on the internet: the perspective of European children: full findings and policy implications from the EU Kids Online survey of 9-16 year olds and their parents in 25 countries. Londres, Reino Unido: EU Kids Online, Deliverable D4.

Menesini, E., & Camodeca, M. (2008). Shame and guilt as behaviour regulators: Relationships with bullying, victimization and prosocial behaviour. British Journal of Developmental Psychology, 26, 183-196. http://doi.org/10.1348/026151007X205281

Montgomery, D. (2000). Design and analysis of experiments. 5. ed. New York: John Wiley; Sons, Inc.

Naylor, P., & Cowie, H. (1999). The effectiveness of peer support systems in challenging school bullying: the perspectives and experiences of teachers and pupils. Journal Adolescence, 22(4), 467-479. https://doi.org/10.1006/jado.1999.0241

Olweus, D. (1993). Bullying at school. What we know and what we can do. Oxford: Blackwell.

Pellegrini, A. (2002). Bullying, victimization, and sexual harassment during the transition to middle school. Educational Psychologist, 37(3), 151-163. https://doi.org/10.1207/S15326985EP3703_2

Puig, J. M. (2004). Práticas morais: uma abordagem sociocultural da educação moral. São Paulo, SP: Moderna.

Rigby, K., & Johnson, B. (2006). Expressed readiness of Australian schoolchildren to act as bystanders in support of children who are being bullied. Educational Psychology, 26(3), 425-440. https://doi.org/10.1080/01443410500342047

Smith, P., & Levan, S. (1995). Perceptions and experiences of bullying in younger pupils. British Journal of Education Psychology, 65(4), 489-500. https://doi.org/10.1111/j.2044-8279.1995.tb01168.x

Smith, P., & Sharp, S. (1994). School bullying. Insights and perspectives. Londres, Reino Unido: Routeledge.

Souza, R. A. (2018). Quando a mão que acolhe é igual a minha: a ajuda em situações de (cyber)bullying entre adolescentes. 2018. 166f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista, Araraquara, SP.

Thornberg, R. (2012). Bystander motivation in bullying incidents: to intervene or not intervene? Westem Journal of Emergency Medicine, 13(3), 247-252. https://dx.doi.org/10.5811%2Fwestjem.2012.3.11792

Tognetta, L. R. P. (2010). Um panorama geral da violência... e o que se faz para combatê-la. Campinas, SP: Mercado de Letras.

Tognetta, L. R. P. (2012). Vencer o bullying escolar: o desafio de quem se responsabiliza por educar moralmente. In: TOGENTTA, L.; VINHA, T. (Org.). É possível superar a violência na escola? São Paulo, SP: Editora do Brasil. p. 100-115.

Tognetta, L. R. P. (2021). Passo a passo da implementação de um sistema de apoio entre iguais: As Equipes de Ajuda. Americana, SP: Adonis.

Tognetta, L. R. P, Avilés, J. M. M., & Rosário, P. (2014). Bullying e suas dimensões psicológicas em adolescentes. International Journal of Developmental and Educational Psychology, 7(1), 289-296. https://doi.org/10.17060/ijodaep.2014.n1.v7.800

Tognetta, L. R. P., Souza, R. A., & Lapa, L. Z. (2019). A implantação das equipes de ajuda como estratégia para a superação do bullying escolar. Revista Educação PUC-Campinas, 24(3), 397-410. https://doi.org/10.24220/2318-0870v24n3a4506

Publicado

2022-08-10

Como Citar

Souza, R. A. de, & Tognetta, L. R. P. (2022). Os espectadores e suas crenças para ajudar as vítimas em situações de bullying. Revista Tempos E Espaços Em Educação, 15(34), e17926. https://doi.org/10.20952/revtee.v15i34.17926