Bases da arquitetura discursiva que assentaram a invenção da infância na modernidade

Autores

  • Adilson Cristiano Habowski Universidade La Salle, Canoas, Rio Grande do Sul, Brasil.
  • Cleber Gibbon Ratto Universidade La Salle, Canoas, Rio Grande do Sul, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.20952/revtee.v15i34.17963

Palavras-chave:

Infância, Invenção, Modernidade, Morte

Resumo

Nos propomos a escrever esse texto buscando retomar a discussão das bases da arquitetura discursiva que assentaram a infância no mundo moderno ocidental, tendo grande inspiração no legado do pensamento Iluminista dos séculos XVIII e XIX. Trata-se de traçar um panorama histórico para entender como o sentimento de infância foi se constituindo, isto é, partimos do entendimento de que um estudo das infâncias e os acontecimentos que a ela se associam precisam focalizar não no que elas são, mas nas condições de possibilidade para que se constituíssem de tal modo. Assim, coloca-se em movimento a partir de quatro arquiteturas discursivas: pesquisa de Philippe Ariès e as críticas foucaultianas; a pedagogização do sexo da criança; a pedagogia moderna; e, por fim, uma discussão se haveria a morte da infância constituída na Modernidade.

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Biografia do Autor

Adilson Cristiano Habowski, Universidade La Salle, Canoas, Rio Grande do Sul, Brasil.

Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade La Salle (UNILASALLE), Canoas–RS–Brasil. Bolsista CAPES/PROSUC.

Cleber Gibbon Ratto, Universidade La Salle, Canoas, Rio Grande do Sul, Brasil.

Doutor em Educação - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Professor e Pesquisador no Programa de Pós-Graduação em Educação (Mestrado/Doutorado) da Universidade La Salle (UNILASALLE), Canoas–RS– Brasil. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2.

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Publicado

2022-12-15

Como Citar

Habowski, A. C., & Ratto, C. G. (2022). Bases da arquitetura discursiva que assentaram a invenção da infância na modernidade. Revista Tempos E Espaços Em Educação, 15(34), e17963. https://doi.org/10.20952/revtee.v15i34.17963