Escola, violência simbólica e meritocracia em grupos escolares do Sul de Santa Catarina: algumas reflexões a partir de Pierre Bourdieu

Autores

  • Ana Paula de Souza Kinchescki
  • Viviane Grimm
  • Fernando Cesar Sossai

DOI:

https://doi.org/10.20952/revtee.v8i15.3678

Resumo

A produção de Pierre Bourdieu se insere no conjunto das sociologias que buscam discutir as relações entre os modos de transmissão cultural e a reprodução das desigualdades sociais. No decorrer de sua obra o autor apresenta uma teoria sobre os modos de reprodução social, legitimação e dominação simbólica, questionando os discursos em torno da ideia de “igualdade e democratização de oportunidades”, tendo repercussão direta no campo educacional brasileiro. Neste artigo, buscamos revisitar a teoria da violência simbó- lica apresentada por Bourdieu e Passeron no livro “A Reprodução”, publicado em 1975, com o intuito de refletir sobre os discursos meritocráticos em dois grupos escolares do sul de Santa Catarina. Tomando-os como casos exemplares e a partir de um conjunto de fontes de natureza diversa, circunscritas ao período de 1949 a 1972, tentamos analisar a problemática da meritocracia escolar a partir de práticas de premia- ção. De maneira geral, observamos a recorrência de discursos meritocráticos nas escolas ligados a formas de violência simbólica, pautadas por práticas de hierarquização, classificação, premiação e comparações entre os alunos a fim de eleger os mais notáveis entre eles e produzir um ideal de estudante

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Publicado

2015-05-30

Como Citar

Kinchescki, A. P. de S., Grimm, V., & Sossai, F. C. (2015). Escola, violência simbólica e meritocracia em grupos escolares do Sul de Santa Catarina: algumas reflexões a partir de Pierre Bourdieu. Revista Tempos E Espaços Em Educação, 8(15), 245–256. https://doi.org/10.20952/revtee.v8i15.3678

Edição

Seção

Número Temático "Pierre Bourdieu: da Sociologia à Educação"

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