A escrita de madre Dubost: uma construção de si amparada na identidade vicentina

Autores

  • Melina Teixeira Souza UFF - Universidade Federal Fluminense

Resumo

Com o propósito de fundar o primeiro colégio feminino do Império em Minas Gerais, as vicentinas enfrentam meses de travessia marítima de Paris até o Rio de Janeiro e prosseguem viajando a cavalo. Irmã Dubost começa um diário e, ao chegar ao seu destino, envia correspondências mensais para os superiores franceses. O intuito de estudar a construção da subjetividade da madre a partir de sua produção autorreferencial motiva uma reflexão teórico-metodológica sobre a escrita de si, e suas implicações com o individualismo moderno. A investigação revela que dentre as delimitações identitárias mobilizadas pelo ato autobiográfico, o pertencimento à congregação se sobressai: ao relacionar vida religiosa feminina ao esforço missionário, as vicentinas ampliam a atuação do gênero numa instituição reticente ao protagonismo de mulheres, o que favorece o estabelecimento de laços grupais.

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Biografia do Autor

Melina Teixeira Souza, UFF - Universidade Federal Fluminense

Graduação em História pela Universidade Federal de São João del Rei (2008), Mestre em História pela Universidade Federal de Ouro Preto (2012). Doutorado em andamento pela Universidade Federal Fluminense (2016). Professora da Secretaria de Educação do estado de Minas Gerais. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil Império e República, pesquisando principalmente os temas: Historiografia religiosa, Congado, Escrita autobiográfica.

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Publicado

2017-07-05

Como Citar

Souza, M. T. (2017). A escrita de madre Dubost: uma construção de si amparada na identidade vicentina. Revista Do Instituto Histórico E Geográfico De Sergipe, 2(47), 100–115. Recuperado de https://periodicos.ufs.br/rihgse/article/view/12003

Edição

Seção

Volume 2 - Dossiê Escritas de si