Os escravos engajados nos serviços domésticos pelas famílias do Recife oitocentista: o aprofundamento da exploração da mão de obra escrava

Autores

  • Tatiana Silva Lima

Resumo

No Recife oitocentista, enquanto a escravidão não sofreu grandes golpes, cativos especializados foram relativamente engajados pelas famílias nos serviços domésticos, e os “não especializados” foram muito aproveitados. Isto mudou com a extinção do tráfico negreiro em 1850 e a intensificação do tráfico interno, que diminuíram a população cativa e a encareceu. Homens afortunados investiram menos em escravos qualificados para os serviços domésticos, desvalorizando os seus ofícios e precarizando suas forças de trabalho, para mantê-los controlados e super-explorados. Este movimento se aprofundou a partir de 1871, com a Lei do Ventre Livre, que eliminou a última fonte de renovação dos escravos e garantiu alguns direitos a eles, ameaçando a propriedade cativa e a inviolabilidade da vontade senhorial, e tornando o trabalho livre remunerado uma possibilidade real.

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Como Citar

Lima, T. S. (2019). Os escravos engajados nos serviços domésticos pelas famílias do Recife oitocentista: o aprofundamento da exploração da mão de obra escrava. Revista Do Instituto Histórico E Geográfico De Sergipe, 2(49), 191–205. Recuperado de https://periodicos.ufs.br/rihgse/article/view/12372

Edição

Seção

Volume 2 - Dossiê Escravidão e Abolição no Brasil