Arquivo expandido: a performance de “Passado a limpo”

Autores

  • Grasiele Silva de Sousa Psicologia Clínica - PUC/SP

Resumo

A proposta deste resumo expandido é apresentar o relato da performance Passado a limpo (2017) que estabelece uma conversa com o público sobre mulheres e trabalho, a partir da pergunta: o que elas (mães, irmãs, avós, tias, colegas, dindas, conhecidas etc) fazem dentro e fora de casa, de forma remunerada e não? Na história da arte, as mulheres foram amplamente representadas em situações que as integravam ao espaço doméstico (cuidado, toallete, amor, acompanhante, reprodução etc), reforçando a ideia de que o trabalho reprodutivo é algo inerente a sua natureza. Como efeito de um olhar masculino, esses retratos devem ser confrontados com outros pontos de vista produzidos no próprio campo da arte. Iremos exemplificar um caso em que o arquivo na performance criou um lugar de discussão sobre o trabalho reprodutivo, trocando a representação do tema por uma prática relacional, do arquivo como obra dependente da representatividade para acontecer.

PALAVRAS-CHAVE: Mulheres. Trabalho doméstico. Performance. Arquivo.

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Biografia do Autor

Grasiele Silva de Sousa, Psicologia Clínica - PUC/SP

Mestra em Psicologia Clínicapelo Núcleo de Estudos da Subjetividade Contemporâneada Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Referências

ROLNIK, Suely. Esferas da insurreição: notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: n-1 edições, 2018.

TAYLOR, Diana. O arquivo e o repertório: performance e memória cultura nas Américas. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013.

WOOLF, Virginia. Um teto todo seu. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

Publicado

2019-10-19